É claro que o movimento sindical precisa continuar resistindo para garantir sua sobrevivência enfrentando as adversidades. As entidades sindicais (principalmente os sindicatos) devem realizar fortes campanhas de ressindicalização e oferecerem aos associados e às categorias neosserviços úteis, modernos, atraentes e remunerados.
Segunda-feira, 1º de abril, marca os 55 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964. Na época, o imperialismo estadunidense, os latifundiários e parte da burguesia nativa derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart. Naquela época, a imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornalões continuaram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições.
Os Sindicatos mudarão e o sindicalismo será diferente porque o sistema produtivo se transforma drasticamente: a tecnologia avança para todos os setores da economia e altera o mundo do trabalho; há inúmeras iniciativas de governos para modificar as normas que regem o sistema de relações de trabalho e o direito laboral; alguns empregadores querem tirar os Sindicatos do jogo social de disputa pela repartição da produção econômica resultante do trabalho social.
Muitas pessoas da classe média acham que não serão afetadas pela reforma da Previdência apresentada pelo presidente Bolsonaro. Ledo engano. As novas regras, ao atingirem a renda das famílias, irão abranger a todos.
Vale a pena lembrar que a política de valorização do salário mínimo foi aprovada maciçamente pela Câmara dos Deputados em 29 de julho de 2015 com os votos contrários de apenas 12 deputados, entre eles o do atual presidente Bolsonaro. Em decreto assinado em seu primeiro dia de mandato ele foi obrigado pela lei a garantir aumento real, mesmo contra sua vontade e a de seus apoiadores.
Os bancos, que são tratados pela imprensa como ‘mercado’, mandam e desmandam no Brasil. Aliás, com a graça e proteção da mídia, que mama fartamente nos recursos surrupiados do povo.
O texto Chega de mitos da articulista Mariliz Pereira Jorge, publicado hoje, 28 de março, na Folha de São Paulo, até começa com um bom argumento. De fato, a vitória retumbante de Jair Bolsonaro em outubro de 2018, com seu séquito e sua cruzada obscurantista, pode ser didática para a população brasileira. Salta aos olhos […]
A economia brasileira está no fundo do poço há mais de três anos, sem grandes sinais de recuperação. Venderam uma suposta reforma trabalhista que geraria milhões e milhões de empregos, pois facilitaria a vida dos empreendedores. Os eleitores escolheram um presidente da República que afirma, entre outras coisas, que o trabalhador precisa escolher entre direitos ou emprego, e que é muito difícil ser patrão no Brasil.
Muitas pessoas da classe média acham que não serão afetadas pela reforma da Previdência apresentada pelo presidente Bolsonaro. Ledo engano. As novas regras, ao atingirem a renda das famílias, irão abranger a todos.
Pauta político-institucional esvaziada, “zum zum zum” crônico e “bateção de cabeça” marcam os 1ºs 3 meses de governo. Não há 1 semana em que o presidente não esteja envolvido numa crise ou cometa alguma gafe que atrapalhe as articulações do Planalto, seja no Congresso, seja na sociedade.
A lógica do governo Jair Bolsonaro em relação ao papel das instituições públicas na sociedade brasileira é motivo de profunda preocupação, tanto pelo despreparo do novo governo quanto pelo preconceito a tudo que tem o selo do Estado. As consequências disso poderão ser trágicas para quem depende do Estado para sobreviver, como os vulneráveis, e também para o próprio setor privado.
O dia 22 de março foi, na conturbada conjuntura política e apesar dela, uma jornada positiva que superou as expectativas. Esta vitória, ao invés do relaxamento, deve nos impulsionar a fazer mais, diariamente, com os trabalhadores, com os aliados (como a OAB e a CNBB, por exemplo), com as forças políticas – o necessário para derrotar a deforma.
A prisão do ex-presidente Temer gerou uma estranha discussão no interior da esquerda e de organizações da classe trabalhadora. Passando por cima do fato de que estamos falando de um dos maiores corruptos – ladrão de recursos públicos – que este país já viu, uma parte importante da esquerda vê no episódio “motivo de preocupação”. […]
Dia 22, nós vamos nos manifestar. Esperamos levar um forte alerta aos trabalhadores e a amplos setores sociais. A reforma da Previdência de Guedes/Bolsonaro pode ser boa para bancos e especuladores, que já fazem a conta de quanto vão lucrar com o regime de capitalização. Mas é um modelo que arrocha benefícios e promove a exclusão.
É histórica a tendência dos nossos presidentes da República a dilatar o raio de ação delimitado pelas Constituições democráticas para invadirem a esfera reservada ao Poder Legislativo. Leia-se, a respeito, o livro Sua Majestade o Presidente do Brasil – Um Estudo do Brasil Constitucional (1889-1934), escrito por Ernest Hambloch (1886-1970),...
Aqueles que leem o que venho escrevendo percebem que quase nunca critico publicamente alguma ação sindical que considero errada e nunca individualizo críticas a tal ou qual dirigente ou ativista por seu erro eventual.
A fada da confiança desapareceu do país. Talvez esteja no exterior à procura do pó mágico que encanta agentes econômicos, especialmente empresários e governos, para produzir o crescimento da economia.
Enquanto se trava no Congresso esta complexa luta em várias frentes que exigirá discernimento e cooperação entre parlamentares e entidades sindicais responsáveis a vida não espera.
Com a desconstrução e demonização programadas da Política (o que em si também é um ato político), o Brasil foi arremessado em um perigoso vácuo do pensamento, fazendo com que as pessoas deixassem de analisar os fatos e, consequentemente, participarem do jogo democrático para construção políticas públicas no sentido do bem-estar social e passaram a […]
Muitos vivem com essa remuneração. Valor não cumpre Constituição
É evidente a tentativa do Governo de desarticular a organização dos trabalhadores. Primeiro, com a reforma trabalhista, depois com o fim do Ministério do Trabalho, e, agora, querendo empurrar a todo custo uma proposta de reforma da Previdência que praticamente anula as chances do trabalhador se aposentar. Contra todos estes ataques a única saída é fortalecer a nossa organização.
Com tantas reformas necessárias para fazer no país, com tantas necessidades urgentes para resolver como o desemprego, o crescimento econômico, o investimento em infraestrutura, uma política que resolva os graves problemas na saúde e educação públicas, por exemplo, por que o governo Bolsonaro se preocupa tanto em desmontar os sindicatos, organizações legítimas que defendem os interesses dos trabalhadores?
A Reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro se mostrou ainda mais cruel que aquela intentada por Temer em 2016. A PEC 06/2019 destrói a Seguridade Social conquistada pela sociedade brasileira e cristalizada na Constituição Federal. Para os trabalhadores e trabalhadoras que colocam sua saúde em risco trabalhando expostos a agentes nocivos (como por exemplo, calor, ruído, radiação, poeira, gazes etc.), a reforma da Previdência é especialmente prejudicial.
Depois de reconhecer as dificuldades dos trabalhadores e do movimento sindical, dificuldades decorrentes da severa e renitente recessão, da lei trabalhista e agora das medidas do governo, o dirigente preocupou-se em pormenorizar as táticas compatíveis com a situação dos sindicatos e com a necessidade de resistência.
A Constituição Federal de 1988 fora um pacto social de implementação progressiva. A regressão de direitos não faz parte de seu escopo. A perpetuação das desigualdades também não.
O chefe da importantíssima pasta da educação afirma que não é para todos frequentar os bancos universitários, tese que contraria a constituição federal. Esse mesmo ministro já classificou os jovens viajantes brasileiros de canibais, afirmando que, quando viajam, destroem os assentos dos aviões e se comportam incivilizadamente.
Toda vez que o presidente estiver em situação de defensiva semelhante às ocorridas nas manifestações do Carnaval mobilizará seu “exército” e apontará um biombo para dispersar e desviar a “atenção das questões centrais” do País. Por Marcos Verlaine O Carnaval de 2019 foi um dos mais politizados dos últimos tempos. Massas de foliões, espontaneamente, saíram […]
Em um 8 de março como o de hoje, Dia Internacional da Mulher, nascia, há exatos 28 anos, em um grande Congresso no Memorial da América Latina, em São Paulo, uma nova força que mudaria os rumos do movimento sindical, tirando-o do conformismo acentuado ou do radicalismo exacerbado.
A MP 873, editada na noite da sexta-feira de carnaval, “esclarece” e define as regras referentes às contribuições aos Sindicatos indicadas na Lei 13.467 e em julgamento recente do STF sobre a questão. As novas regras inibem, impedem e constrangem a relação entre trabalhadores e movimento sindical.
O governo deu mais uma pancada forte no movimento sindical com a MP 873, editada às vésperas do Carnaval, que exige autorização individual dos trabalhadores (incluindo os funcionários públicos) para qualquer contribuição aos sindicatos e determina o pagamento por boleto bancário.
Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no momento é o clamor que muitos cidadãos estão manifestando por um pedido de impeachment do Jair Bolsonaro, uma vez que a lei 1.079 de 1950, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República, afirma que é crime contra a probidade na administração “proceder de […]
No mundo virtual é possível criar uma realidade imaginária, distorcer fatos, forjar conceitos, promover ajustes, dentre outras projeções, que são reais enquanto promessas, enquanto abstração, enquanto abstração difusa por dias melhores.
Uma meningite ceifa a vida do neto de Lula. A perversidade da natureza que se soma à perversidade dos homens contra o ex-presidente
Tudo deve ser feito para resistir à PEC da deforma previdenciária e para impedir que o governo tenha os 308 votos de deputados na Câmara para aprová-la. Isto é certo e a convocação pelas Centrais Sindicais de atos mobilizatórios, nos dias 22 e 29 de março, de visitas a parlamentares e manifestações nos aeroportos e […]
Desde a Constituição de 1988, já foram feitas e aprovadas cinco emendas constitucionais com reformas paramétricas na Previdência, que consistem em mudanças tópicas nos critérios de elegibilidade de benefícios e correções de disfunções do sistema, diferentemente da reforma proposta por Bolsonaro, que promove mudanças estruturais na direção de privatização da Previdência Pública brasileira. A reforma […]
A desigualdade social é produto histórico de mecanismos que organizam a produção e a distribuição econômica no mercado capitalista.
Dia desses li em um grupo de Whatsapp uma mensagem que ressaltava as vantagens de um grupo que se destina apenas a sugerir notícias sobre um assunto, em detrimento da aporrinhação de grupos onde as pessoas debatem. São “brigas de torcida”, dizia a mensagem. Respondi que embora aquele grupo tivesse uma finalidade específica, debates também […]
As contribuições que destacam a especificidade do trabalho das mulheres no capitalismo ressaltam as principais tarefas atribuídas às mulheres nesse sistema de produção e reprodução: a reprodução biológica, a reprodução social e a reprodução ideológica da força de trabalho. Com isso, colocam-se três elementos centrais na abordagem do trabalho das...
A família voltou ao centro da política, como mote para os debates ou embates eleitorais, como objeto da ação do governo, como organização administrativa do Estado, como objeto de políticas públicas. Valores, conceitos e preconceitos passaram a circular nos debates e iniciativas.
Ninguém é contra reformas. Mas a pergunta é: a quem elas beneficiam? As reformas de Jango buscavam a justiça social, a inclusão e o desenvolvimento nacional, por meio do fortalecimento do mercado interno. Eram, portanto, essencialmente boas.
A Previdência Social e a Seguridade são direito de toda a sociedade. A disputa distributiva da produção social do trabalho se faz em vários níveis, desde o local de trabalho, passando pela categoria, pelas leis e normas e políticas públicas. A Seguridade e Previdência Social representam o maior instrumento da política pública, pois envolvem a saúde, a assistência e a previdência.
Quando se abriu o ano legislativo de 1983 o MDB que havia obtido importantes vitórias eleitorais no ano anterior definiu que sua atuação congressual teria como orientação estratégica a luta pela instalação de CPIs que investigassem as ações do governo do general Figueiredo.
Escrevo este texto logo após voltar do protesto conta a reforma da previdência, na Praça da Sé, em São Paulo, na quarta-feira, 20 de fevereiro, promovido pelas centrais sindicais. A diretoria e militantes do sindicato dos servidores municipais de Guarujá, que tenho a honra de presidir, já haviam participado de...
A multinacional estadunidense Ford anunciou dia 19 de fevereiro que fechará a sua fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A abrupta decisão faz parte do projeto da empresa de encerrar a produção de caminhões nas unidades instaladas na América do Sul. A previsão é de que até...
Por José Carlos Ruy A campanha conservadora contra o marxismo é intensa; ela cresceu desde a campanha eleitoral de 2018 e, agora, sob o governo de direita de Jair Bolsonaro, alguns membros do governo federal multiplicam os ataques contra o que chamam de "cultura marxista", generalisando as acusações contra o...
Mais de 300 pessoas morreram em consequência do crime ambiental cometido pela Vale em Brumadinho (MG). Em novembro de 2015 ocorreu a ruptura de outra barragem da empresa, também em um município mineiro, Mariana, que fez 19 vítimas fatais, isto é contando só seres humanos. A destruição da flora e da fauna foi aterrodora e deu lugar a surtos de febre amarela, dengue e outras doenças.
Em seus monumentais Comentários à Legislação Sindical, recentemente publicados, o professor José Carlos Arouca ao escrever sobre um novo sindicato – uma organização especial da classe trabalhadora considerada como um todo – pergunta: “Então por que um quadro de associados? Melhor seria, por certo, um sindicato geral, de todos”.
Em 12 de novembro de 2018, mais de 300 pessoas se reuniram no auditório do Dieese, na região central de São Paulo, para ouvir o chileno Mário Reinaldo Villanueva Olmedo, dirigente da Confederación de Profesionales Universitarios de la Salud (Fenpruss). O evento promovido por oito Centrais Sindicais também serviu para...
Não será a primeira vez que enfrentaremos a complexa discussão sobre reformas no sistema previdenciário. Nos defrontamos com o tema no mandato-golpe de Temer, vencemos a luta pela nossa mobilização e, há que se considerar, pela fragilidade do então governo e sua pseudo base aliada. O momento agora é bem mais grave. Eleito por uma […]
Foi esse título que o ministro da educação, Ricardo Vélez Rodríguez, deu aos jovens brasileiros que viajam ao exterior. Disse que não sabem se comportar e que roubam utensílios em hotéis e aviões.
Não se pode dizer que a plenária sindical de quarta-feira, dia 20, na Praça da Sé em São Paulo seja a batalha decisiva contra a deforma previdenciária. Isto porque a luta está apenas começando e percorrerá um longo caminho nas portas de fábrica e nos locais de trabalho, no Congresso Nacional e nos partidos, nos veículos de comunicação e nas redes sociais e nas ruas. Também porque até a manhã do dia 20 não se saberá ao certo qual deforma previdenciária pretenderá realizar o governo.
O Partido Novo tem alardeado por aí que quer devolver para os cofres públicos os R$ 4,3 milhões que já recebeu do Fundo Partidário. Isso pode até parecer um desprendimento, uma atitude altruísta que só visa o bem comum. Mas, se olharmos direito veremos que a real intenção do Partido Novo com esse tipo de […]
Uma regra dos manuais de boas maneiras manda que se responda sempre uma carta recebida. O presidente Bolsonaro não tendo respondido até hoje a carta que lhe foi enviada no primeiro dia de seu governo pelas seis centrais sindicais reconhecidas incorre em violação desta regra mundana de bom tom, a menos que os serviços burocráticos da presidência e a própria internação hospitalar do presidente tenham dificultado o gesto de cortesia.
Este artigo não tem lado partidário. É meu dever, porém, enquanto dirigente de classe, alertar para os ataques crescentes aos trabalhadores da ativa e aposentados. Não só alertar, mas também chamar os trabalhadores em geral a prestar atenção a recentes medidas do governo e propostas que estão sendo divulgadas. Todas muito ruins.
Mas isto não poderia continuar de forma nenhuma! Fazer do Brasil um País soberano e dono do seu destino? Jamais! É este o pensamento de uma “elite” que hoje, infelizmente, tem o respaldo de um governo federal voltado apenas aos interesses do “mercado”, que está colocando em prática suas promessas de continuar destruindo os direitos do povo brasileiro e da classe trabalhadora.
O funcionalismo manifestou-se maciçamente contra com manifestações impressionantes e pacíficas (do lado dos funcionários), mas a confusão deliberada dos projetos, as sucessivas manobras regimentais e a chantagem do executivo, aliadas à desmobilização decorrente das férias e das festas natalinas garantiu a aprovação.
Não há justificativa possível ao ocorrido em 25 de janeiro na cidade de Brumadinho (MG): três anos após o rompimento da barragem que destruiu a cidade de Mariana e matou o Rio Doce, o mesmo grupo econômico – a Vale – protagoniza nova tragédia de proporções ainda maiores.
O Governo apresentará em breve uma proposta ao Congresso Nacional, fruto da discussão com empresários e técnicos dessa área, dentro e fora da administração pública, e mais uma vez temos a oportunidade de apresentar a proposta do movimento sindical para o modelo de Seguridade Social que queremos
O orçamento anual do Flamengo é de R$750 milhões. Uns trocados desse montante seriam o bastante para dar dignidade e segurança à sua divisão de base e evitar a morte desses adolescentes que deixaram suas famílias para, sob a responsabilidade do clube, buscar um sonho, uma esperança de superar a dura realidade. Mas, infelizmente suas vidas […]
Todas as pessoas do povo serão afetadas pela DEFORMA, principalmente quem ainda não se aposentou ou aqueles que sequer entraram no mercado de trabalho.
O título é o de uma das novelas exemplares de Cervantes em que um jovem casa enganado e, além de perder os bens, vai para um hospital tratar uma doença venérea.
Não existe emprego sem direitos. Emprego sem direitos é exploração. Se está ruim para GM (General Motors), imagina para os trabalhadores? Líder de vendas no país, a montadora pretende arrancar dinheiro de tudo que é lado. Mesmo usufruindo de isenções fiscais, a empresa quer adotar mais de vinte medidas que vão contra os interesses dos trabalhadores como forma de cortar gastos.
De forma bastante agressiva, faz uma verdadeira chantagem à juventude ao dizer que o jovem “poderá” escolher entre a tradicional carteira de trabalho azul (com direitos) e a carteira verde e amarela (sem garantia de direitos, sem Justiça do Trabalho, sem Sindicatos e sem os inúmeros benefícios dos acordos e convenções coletivas conquistados pelas categorias).
A versão que vazou da reforma previdenciária proposta pelo equipe econômica do governo Bolsonaro é mais dura que a proposta pelo ex-presidente Michel Temer, porém ainda passará pelo crivo do presidente e também do Congresso Nacional, que poderá modificá-la em vários aspectos, especialmente a unificação de idade entre homens e mulheres.
As novas ocupações, motoristas que trabalham por aplicativos, ambulantes que vendem comida nas ruas e profissionais de embelezamento, são as que empregaram mais trabalhadores. Todas essas ocupações, pois não podem ser chamadas de vagas, não têm Carteira assinada nem registro. Na prática, as pessoas saem de casa para sobreviver.
O assunto: a tentativa da GM de enfrentar suas crises descarregando sobre os trabalhadores os custos dela, com a flexibilização de direitos e chantageá-los perante as autoridades públicas com a ameaça de fechamento de fábricas
Sob o governo Bolsonarista, o Ministério do Trabalho foi esquartejado e a Coordenadoria de Registro Sindical foi remanejada para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiada pelo justiceiro Sérgio Moro. Para a Coordenadoria foi nomeado, no último dia 30/01, o delegado da polícia federal Alexandre Rabelo Patury, adicionando mais um tom policialesco na formação da pasta.
Junto com a indignação, com a tristeza e a solidariedade, é preciso manter a chama da resistência e o empenho de corrigir o descalabro.
A Vale é a empresa responsável pela grande tragédia humana, econômica e ambiental de Brumadinho (MG). No momento em que escrevo este texto, as autoridades contam 65 mortos e 288 desaparecidos. A mesma Vale foi a responsável pela tragédia de Mariana, há três anos, que devastou o Rio Doce e levou lama até o mar no Espírito Santo.
Tamanha negligência acontece há pouco mais de três anos do crime de Mariana, quando o rompimento de uma barragem também pertencente à Vale matou 19 pessoas e condenou o meio ambiente de toda a região da cidade mineira. Estas duas tragédias revelam a triste realidade das mineradoras brasileiras. Até quando seus operários terão de trabalhar em áreas ameaçadas, colocando em risco as suas vidas?
Salvo melhor juízo ou novidade que surja ao longo do debate político pós sucessão, 3 elementos ou fenômenos eleitorais contribuíram sobremodo para a vitória do ex-deputado federal Jair Bolsonaro: o “bolsonarismo”, o antipetismo e o desalento político. Por Marcos Verlaine Dragada por profunda crise, que começou com as jornadas de junho/julho de 2013, a sociedade […]
Como filme estrangeiro, ele não ganhou nada da academia de artes e ciências cinematográficas (Ampas) de Hollywood, Estados Unidos. Mas é até hoje o terceiro filme de maior audiência nos cinemas brasileiros.
Durante esse quase primeiro mês o governo do presidente Bolsonaro tomou três medidas relacionadas diretamente com os interesses gerais dos trabalhadores e do movimento sindical (não considero os casos específicos de duas empresas, a Embraer e a GM, porque as declarações de intenção confirmaram orientações anteriores e se referem exclusivamente a elas, embora contestadas pelos sindicatos representativos).
Mal ou bem, cada governo tem seu estilo. E o estilo Bolsonaro parece ser o de criar confusão. Não bastassem as vacilações do presidente, uma série de iniciativas e promessas vem criando confusão e atrito em diversas áreas da sociedade.
A tática do futuro governo, largamente utilizada na campanha, de dividir as pessoas, interditar o debate e despertar reações e sentimentos de rejeição e até de ódio a quem diverge de suas propostas não irá funcionar.
Entre estas há a medida provisória 871, de 18 de janeiro, que, sob pretexto de combater as fraudes no INSS arrocha as condições de acesso dos trabalhadores aos benefícios e à aposentadoria. Com a inspiração do famigerado Rogério Marinho também retira dos sindicatos de trabalhadores rurais a atribuição e a prerrogativa de atestar as condições para tanto.
Nesta data em que comemoramos o Dia Nacional dos Aposentados – 24 de janeiro, também reafirmamos o compromisso da FEQUIMFAR e Sindicatos filiados com a luta dessa importante parcela da sociedade que está sempre presente, junto ao movimento sindical, contribuindo com uma sociedade mais justa.
É preciso valorizar os aposentados, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do País. Cerca de 70% dos aposentados do INSS recebem a faixa salarial mínima no País. Nossa luta é por uma Previdência Social pública, universal, com um Piso que não seja inferior ao salário mínimo, que acabe com os privilégios de alguns grupos e amplie a proteção social e os direitos.
As propostas de reforma da Previdência do governo Bolsonaro que ainda não foram anunciadas, mas vêm zendo vazadas na mídia, pode destruir dois pilares fundamentais da seguridade social brasileira: a previdência e a assistência social.
Segundo relatório global da Oxfam, a fortuna dos 26 mais ricos do mundo se equivale hoje a dos 3,8 bilhões mais pobres. Em 2018 os bilionários aumentaram sua fortuna em 12%, enquanto a metade mais pobre da população mundial teve suas posses reduzidas em 11%. Isso se chama neoliberalismo. As...
Desde a chegada dos portugueses, em 1500, até hoje, o Brasil viveu a maior parte desse tempo, praticamente toda sua história, sem liberdade. O mesmo osso duro de roer. Da eleição de Tancredo Neves presidente, pelo colégio eleitoral, em janeiro de 1985, até agora, vivemos o mais longo período com...
A luta vitoriosa das centrais sindicais para garantir aumentos reais do salário mínimo foi a mais importante e decisiva luta sindical brasileira no século XXI. A cada ano era desencadeada a maior campanha salarial do mundo cujas grandes manifestações foram as marchas unitárias a Brasília.
Em maio de 2004, o valor do salário mínimo era de R$ 260,00. Com a política de valorização, além da reposição da inflação, houve aumento real de 74,33% até janeiro de 2019 (quando passa a valer R$ 998,00).
São os Sindicatos os legítimos representantes da classe trabalhadora frente ao patronal. Sindicalizar-se significa participar ativamente de ações que valorizam cada trabalhador. É fortalecer a luta de toda uma categoria por melhores salários, por segurança e saúde no ambiente de trabalho, pela manutenção dos direitos já conquistados e por sua ampliação.
Ao preparar a ida de sua comitiva a Davos na reunião dos ricaços mundiais o capitão Bolsonaro deve estar cogitando falar para eles (mesmo que não o tenha feito para nós) o que pretende fazer exatamente com a sua deforma previdenciária. Uma coisa é certa: prepara-se o pior. Mas enquanto...
Trabalhador fica fragilizado Patrões põem normas na mesa Os impactos da Reforma Trabalhista, a maior já realizada no sistema de relações de trabalho do país, só serão percebidos, de fato, ao longo do tempo. Isso acontecerá à medida que: o mercado de trabalho promover, por meio da rotatividade, a demissão...
Um dos elementos centrais que sintetiza as dificuldades atuais e futuras é a extinção do ministério do Trabalho, morto e despedaçado sem que se saiba até hoje exatamente como funcionarão suas partes distribuídas administrativamente por quatro ministérios.
As eleições de 2018 foram trágicas para a esquerda brasileira. Jair Bolsonaro, com seu até então insignificante PSL, tomou o Brasil como uma avalanche, um tsunami, uma catástrofe natural para a qual não estamos preparados, arrastando casas, árvores, carros. Segundo nossos padrões, era improvável que Bolsonaro ganhasse. Antes da campanha na TV diziam que seus […]
O anúncio da reestruturação da saúde básica no Brasil, além de ser uma das melhores notícias dos primeiros dias de governo, acende uma expectativa especial. Assumindo o compromisso com a priorização da atenção básica, prestada pelos Postos de Saúde, o ministro Luiz Henrique Mandetta pretende viabilizar no país uma política construída e já posta em […]
Paulo Guedes, o guru econômico do presidente, formado pela ultraliberal Escola de Chicago (EUA), pretende implementar no Brasil o sistema previdenciário de capitalização nos moldes do modelo chileno. E por que isso é tão grave? Primeiro, porque o próprio governo chileno atestou o fracasso do sistema de capitalização implantado em 1981 pela ditadura de Pinochet, tendo que hoje complementar as pensões pagas para retirar os beneficiários da linha da pobreza. O relatório final da “bravo comission” para reforma da Previdência chilena, proposto à ex-presidenta Michelle Bachelet, sugere o resgate da solidariedade do sistema de modo muito próximo ao que temos na Constituição brasileira de 1988.
A primeira constatação é a de que o novo governo teve que aplicar a lei que determina como fazer o reajuste multiplicando o valor que vigorava pelo INPC do ano corrido e pela taxa de crescimento do PIB de dois anos antes. Esta operação produziu um maior aumento real do salário mínimo em três anos, de R$ 954 para R$ 998.
As primeiras medidas do governo Bolsonaro indicam que a vida não será fácil para a classe trabalhadora e que haverá muita luta para garantir a manutenção de direitos, avalia o presidente da CUT
O movimento sindical brasileiro está disposto a apresentar e debater propostas que garantam a geração de emprego e de renda e o desenvolvimento sustentável do País. Mas não deixaremos de criticar as medidas que prejudicam a classe trabalhadora, a população brasileira e os interesses nacionais. O salário mínimo, por exemplo, que é uma referência de […]
Eles afirmam que o sistema vai assegurar a aposentadoria no futuro, mas o sistema de capitalização já é um velho conhecido, onde cada trabalhador faz a própria poupança. Entretanto, o dinheiro é administrado por empresas privadas, que podem investir no mercado financeiro.
Jair Bolsonaro nomeou inúmeros oficiais-generais para o governo. A Constituição lhe garante o direito de nomear ministros e, a estes, de exercer as funções. As Forças Armadas têm homens e mulheres preparados, competentes. Convivi e trabalhei com muitos quando exerci a chefia da Casa Civil. Mas, como ministros, deixam de...
Na Constituinte de 1946 o senador comunista Luiz Carlos Prestes denunciou a ameaça que significa a presença de tropas estrangeiras em território nacional.
Bem fizeram as seis centrais sindicais reconhecidas quando, em carta aberta ao presidente (e aos outros poderes), reafirmaram suas posições de resistência e de relevância institucional conclamando-o a um diálogo que é contrário à sua experiência e à sua prática e que ele aparenta não querer.
Algumas atitudes urgentes devem ser tomadas para sairmos de uma crise econômica que perdura há mais de 4 anos. Uma das prioridades são as políticas públicas para o aumento de vagas no mercado de trabalho, que deem condições e benefícios aos trabalhadores.
[caption id="attachment_18268" align="alignleft" width="230"] Foto: Roque de Sá/Agência Senado[/caption] O Ministério do Trabalho foi extinto e suas competências e atribuições foram distribuídas em quatro outros ministérios (Economia, Justiça e Segurança, Cidadania e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) com dupla finalidade. De um lado, facilitar a implementação da...
Não faço parte do grupo do quanto pior melhor. Torço para que nossa cidade se desenvolva cada vez mais. E percebo, neste momento, um trato melhor da prefeitura em todas as áreas.