PUBLICADO EM 21 de jan de 2019
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Viva a liberdade

Desde a chegada dos portugueses, em 1500, até hoje, o Brasil viveu a maior parte desse tempo, praticamente toda sua história, sem liberdade. O mesmo osso duro de roer.
Da eleição de Tancredo Neves presidente, pelo colégio eleitoral, em janeiro de 1985, até agora, vivemos o mais longo período com relativa liberdade em nosso cotidiano.
Na minha humilde opinião, aprofunda-se agora o perigo contra a tal liberdade. No Rio de Janeiro, o governo estadual acaba de proibir uma peça teatral com nu artístico.
Também me preocupo ao ver, nas redes sociais, uma campanha contra a tevê Globo pelos seguidores do mesmo partido que governa o Rio e o Brasil.
Não vou aqui defender a rede Globo, pois quem me conhece sabe o que penso dessa mídia. Muitos, porém, gostam dela e acompanham seus programas, especialmente as novelas.
Em vez de fechar o teatro público, como foi feito, para uma peça com nu artístico, não seria mais democrático não assisti-la ou até mesmo fazer uma campanha contra ela?
Não seria mais civilizado quem não gosta da Globo procurar outros canais, em vez de propor seu fechamento? Cada um deve ter o direito de assistir ao que bem entende.
Não tem o menor cabimento um grupo ou partido político, ou mesmo uma instituição religiosa, determinar o que devemos e podemos assistir ou não.
Estamos no começo de um novo período político e, se não nos indignarmos agora, poderemos nos arrepender do que poderá acontecer no futuro do país.
Como a liberdade e a democracia não são comuns em nossa sociedade, o brasileiro talvez venha valorizar esses predicados apenas quando perdê-los.

Zoel é professor, formado em sociologia e diretor financeiro e presidente eleito do Sindserv (sindicato dos servidores municipais) Guarujá

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