PUBLICADO EM 11 de mar de 2019
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Tchau, ministro

O chefe da importantíssima pasta da educação afirma que não é para todos frequentar os bancos universitários, tese que contraria a constituição federal. Esse mesmo ministro já classificou os jovens viajantes brasileiros de canibais, afirmando que, quando viajam, destroem os assentos dos aviões e se comportam incivilizadamente.

Em recente pesquisa, o IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatística) mostrou que o curso superior adiciona ao salário do brasileiro um ganho médio de 243% superior aos que têm o ensino fundamental.

Quanto maior o grau de instrução ou o tempo de estudo, maior o salário. O banco central brasileiro prova ser evidente que a educação é o melhor caminho para a ascensão social e distribuição de renda.

Mesmo assim, o atual ministro da educação afirma, em entrevista, que curso superior, ou melhor, ‘fazer uma faculdade’, deve ser para poucos, somente para elite intelectual.

O chefe da importantíssima pasta da educação afirma que não é para todos frequentar os bancos universitários, tese que contraria a constituição federal.

Esse mesmo ministro já classificou os jovens viajantes brasileiros de canibais, afirmando que, quando viajam, destroem os assentos dos aviões e se comportam incivilizadamente.

Esse mesmo ministro, em recente palestra, usou uma expressão dizendo ser do Cazuza. A mãe do artista se revoltou, pois a frase ‘liberdade é passar a mão na bunda do policial’ não é de seu filho.

Esse mesmo ministro agora propõe que em todas as escolas os alunos sejam filmados cantando o hino nacional, infringindo o estatuto da criança e do adolescente.

Pior ainda, o ministro propôs que os estudantes recitassem o slogan da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, medida também inconstitucional e fascista.

Após esses vários absurdos, o ministro pediu desculpas aos jovens, à mãe do Cazuza e a todos, revogando a obrigação de filmagem dos estudantes cantando o hino e repetindo o slogan eleitoral.

O ministro Ricardo Velez Rodrigues, colombiano naturalizado brasileiro, muito me preocupa com os 60 dias à frente da importante pasta para o futuro das pessoas e da nação.

Como professor, aceito as desculpas, mas com uma singela solicitação: que deixe imediatamente o ministério. Não precisa nem voltar para a Colômbia, mas deixe o cargo.

Zoel é professor, formado em sociologia e presidente do Sindserv (sindicato
dos servidores municipais

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