PUBLICADO EM 07 de fev de 2019
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Um governo contra os jovens é um governo contra o futuro

De forma bastante agressiva, faz uma verdadeira chantagem à juventude ao dizer que o jovem “poderá” escolher entre a tradicional carteira de trabalho azul (com direitos) e a carteira verde e amarela (sem garantia de direitos, sem Justiça do Trabalho, sem Sindicatos e sem os inúmeros benefícios dos acordos e convenções coletivas conquistados pelas categorias).

O governo federal está cumprindo suas promessas de destruir os direitos e as conquistas históricas da classe trabalhadora. O ministro da Economia, Paulo Guedes, por exemplo, defende que na reforma governista da Previdência haja a inclusão de uma nova opção de regime trabalhista para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho.

De forma bastante agressiva, faz uma verdadeira chantagem à juventude ao dizer que o jovem “poderá” escolher entre a tradicional carteira de trabalho azul (com direitos) e a carteira verde e amarela (sem garantia de direitos, sem Justiça do Trabalho, sem Sindicatos e sem os inúmeros benefícios dos acordos e convenções coletivas conquistados pelas categorias).

O ministro Guedes fala abertamente, em nome do pensamento e dos interesses econômicos neoliberais, como se este novo sistema de contratação fosse a panaceia para todos os males do desemprego.

Pensamos exatamente o contrário!

Para enfrentar a crise e o desemprego, o País precisa se desenvolver economicamente, com valorização dos setores produtivos nacionais, industrialização, geração de empregos de qualidade para todos, manutenção e ampliação dos direitos sociais, previdenciários e sociais da classe trabalhadora e relações cada vez mais civilizadas nas relações entre capital e trabalho.

Desdenhar das conquistas do movimento sindical e da classe trabalhadora, ao longo dos anos, impondo as reformas trabalhista e da Previdência e adotando medidas duras, impopulares e injustas, é dar as costas para a História do Brasil, é tirar a esperança da juventude em alcançar uma vida digna, é sacrificar ainda mais o povo brasileiro trabalhador e é colocar em risco social mais e mais pessoas. Quem em sã consciência quer isto para o País?

Miguel Torres
presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

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