O deputado federal Marcelo Freixo anunciou na manhã desta sexta-feira (11) pelo Twitter a sua saída do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) após 16 anos. O parlamentar, que estava no PSOL desde a sua fundação, irá se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) mirando o governo do estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2022.
“Hoje, encerro esse ciclo com a certeza de que apesar de não estarmos juntos daqui para a frente no mesmo partido seguiremos na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro”, escreveu.
O anúncio ocorre um dia depois do encontro no Rio de Janeiro que reuniu nomes como Lula (PT), os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB -RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), o deputado estadual André Ceciliano (PT), além da presidente do Partido dos Trabalhadores e deputada federal Gleise Hoffmann (PT-PR).
Em entrevista publicada na Veja, Freixo explica que no PSB terá a possibilidade de construir uma aliança mais ampla para derrotar o bolsonarismo e proteger a democracia. Na avaliação do deputado, o Rio é um local chave para as próximas eleições.
“A disputa no Rio, especialmente, não é da direita contra a esquerda, mas da civilização contra a bárbarie. O PSOL estará conosco, mas, sem dúvida, teria mais dificuldade de fazer uma frente tão abrangente quanto se faz necessária”, disse à revista.
Para o deputado, nas eleições do próximo ano o que estará em jogo é a Constituição.
“As eleições de 2022 serão um plebiscito nacional sobre a Constituição de 1988, se ela ainda valerá no Brasil. Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, da morte e da devastação”, disse no Twitter.
Fonte: Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)
Diogenes Sandim Martins
Vejo em Freixo uma alternativa ferramental para sobrevivência da democracia no Brasil. Sua mudança partidária faz parte desse processo organizacional que possibilita, junto às ações sociais diversas dessa mesma natureza , emergir a partir de 2022, um novo Estado democrático brasileiro. Oxalá que Lula e o PT tenha serenidade histórica para complementar essa “vibe” em curso nesse momento de nossa história política.