PUBLICADO EM 27 de set de 2018
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Ato contra Bolsonaro sábado tem apoio da mulher trabalhadora

O protesto feminino contra o extremismo de Jair Bolsonaro (PSL), sábado, 29, em São Paulo, terá também apoio de mulheres dirigentes de Centrais Sindicais. O ato, agitado nas redes sociais pela hashtag #EleNão, ocorrerá no Largo da Batata, bairro de Pinheiros, Capital.

A página do Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” já reúne possui mais de três milhões de integrantes.

A Agência Sindical falou com representantes da CUT, CTB e CSB. A Força Sindical também participa e orienta as lideranças femininas da Central a engrossar o protesto.

CTB – Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher da CTB-SP, conclama contra o retrocesso. “Por sermos maioria na população e no eleitorado, temos que nos unir e barrar a misoginia e a cultura do estupro”, ela afirma.

Para a dirigente, os protestos do #EleNão também reforçam a pauta da classe trabalhadora. “Defendemos a retomada do crescimento, os direitos do povo que foi saqueado, a vida das mulheres que estão sendo ceifadas, as políticas públicas pelos nossos direitos e os programas sociais de volta. Porque o fascista representa perder tudo isso”, ela alerta.

CUT – Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, diz como é feita a mobilização: “Através de assembleias nas empresas, em redes sociais e um jornal específico, nós fazemos o convite. Estamos chamando as mulheres da Capital e de cidades próximas à Capital. Em Sorocaba temos dois ônibus fechados e muitos pedidos”.

Segundo a sindicalista, o momento é grave, não só para a mulher, mas todos os trabalhadores. “Será um movimento muito forte. Vamos mostrar ao mundo que não aceitamos discriminação e ataques a direitos. As mulheres vão pra rua dizer #EleNão”, ela garante.

CSB – Márcia Regina Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Vestuário de Guarulhos, diz que a mobilização na cidade também é forte. “Estamos indo às portas de fábricas, em todos os turnos, e convidamos todas as trabalhadoras. Nossa categoria é composta na maioria por mulheres. Mas até trabalhadores dizem levarão as esposas”, conta.

Atos – O sábado (29) deve registrar mais de 30 atos amplos contra Bolsonaro e o avanço fascista. Pela primeira vez, desde os movimentos contra a carestia, nos anos 70/90, mulheres brasileiras, as mulheres lideram a ofensiva, organizadas em grupos nas redes sociais e com a hashtag #EleNão. Até esta quarta (26) estavam confirmados atos em dezenas de cidades, 14 países e três Continentes.

SP – Concentração no Largo da Batata, a partir das 15 horas, com apresentações musicais. A partir das 16h30, passeata até a avenida Paulista.

Segurança – As organizadoras ressaltam o caráter pacífico do ato e publicam nas redes sociais e panfletos orientações de segurança e para que não se aceite provocações de bolsonaristas.

Fonte: Agência Sindical

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