PUBLICADO EM 16 de jun de 2022
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Ensino superior estado de greve articula movimento nacional por reajuste salarial

Propostas patronais recusadas – articulação nacional durante férias de julho – grande ato em defesa da educação e valorização dos educadores em agosto

Professores e pessoal administrativo no Ensino Superior privado estão em estado de greve no Estado de São Paulo. Essa foi decisão das assembleias convocadas pelos sindicatos integrantes da Fepesp e realizadas de forma praticamente simultânea em todo o Estado nesta quarta-feira, 15/06.

O estado de greve significa que os trabalhadores estão avisando formalmente as instituições de ensino que é possível ocorrer uma greve a partir do mês de agosto. Os trabalhadores decidiram manter-se em assembleia permanente. Nova assembleia deverá ser convocada imediatamente após a volta às aulas.

Além do estado de greve, professores e pessoal administrativo decidiram se articular nacionalmente com os demais sindicatos em campanha salarial no Superior. “É o que patronal está fazendo. Os grandes comerciantes do ensino estão participando de todas as mesas de negociação no país bloquear a recuperação da defasagem salarial gerada pela inflação”, diz Celso Napolitano, da Fepesp. “Estão em uma campanha predatória contra os educadores para manter e aumentar seus lucros”.

Ato nacional

Com a articulação junto com os demais sindicatos em campanha salarial, as assembleias decidiram promover um ato nacional, em defesa da educação e pela valorização dos professionais da Educação, docentes e não docentes. O ato deve ser planejado para fazer frente à atitude predatória das grandes corporações do ensino nesta campanha salarial. Fique atento aos avisos de preparação desta mobilização.

Todas as propostas patronais foram rejeitadas novamente pelas assembleias. A proposta de reajuste de 4% agora e 2% em janeiro do ano que vem, com uma inflação que supera os dois dígitos, além de um abono que não se incorpora aos salários, foi considerada inaceitável e até mesmo ofensiva.

As assembleias também entenderam que não basta reajustar o salário. É preciso reajustar também as condições de trabalho nas instituições de ensino: regulamentar o ensino a distância, a carga extra das aulas híbridas, o aumento excessivo de alunos por professor provocado pelo ensalamento de turmas.

Essas condições, que também estão sendo ignoradas pelo patronal, chamam a atenção do Legislativa e foram motivo de pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Em pronunciamento, o deputado estadual Celso Giannazi defendeu os sindicatos e prometeu ‘todo apoio à luta dos professores no ensino superior”.

Voltamos em agosto, voltamos à luta – A data do nosso ato na volta às aulas, em agosto, será anunciada o mais rapidamente possível. Fique atento aos avisos do seu sindicato. Todas as novidades e convocações estarão nos sites dos sindicatos e também no da Fepesp. Fique de olho e vamos à luta, unidos por respeito!

Por Bruno e Dom

A assembleia dos professores da quarta feira dedicou um minuto de silêncio. Por eles, por Genivaldo, pelos 38 chacinados de Vila Cruzeiro, pelos 700 mil vitimados de Covid, pelos 33 milhões que vivem com fome, professores e auxiliares dedicarão seus esforços para derrotar esse governo entreguista e desumano. Esse é o compromisso da Federação dos Professores do Estado de São Paulo e dos seus sindicatos integrantes.

Fonte: Fepesp

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