Nós, do movimento sindical unificado, iremos continuar mobilizando os trabalhadores e as trabalhadoras nas empresas, nas fábricas e demais locais de trabalho por melhores salários e condições dignas de trabalho, e nas ações mais abrangentes nacionais e unificadas em defesa dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora.
Em 1º de janeiro de 2019, na posse, Jair Bolsonaro terá de prometer “manter, defender e cumprir a Constituição”, as mãos que segurarão a Carta Magna para o juramento estarão sujas de sangue e nosso futuro tomado de incertezas.
Acordamos, é 29 de outubro de 2019. Vivos estamos e já velamos os primeiros mortos. Livres, pelo voto, a nação feriu gravemente a Liberdade e a Democracia. Majoritariamente, a sociedade escolheu abrir a porta do inferno. Muitos, em nome de deus, fizeram e farão do ódio, da morte e da...
Este caminho, acidentado e íngreme, para ser trilhado pressupõe o reforço urgente da unidade de ação. Ela se manifesta na unidade em cada direção sindical e desta com a base; sustenta-se no esforço para unificar em cada categoria os trabalhadores.
Márcio França, o nosso candidato, fará São Paulo voltar a ser o estado com o maior índice de desenvolvimento econômico do país.
Ela retrata de maneira sombria e intrigante, interpretando a visão mística do Segundo Advento de Cristo a angústia do poeta após a Primeira Grande Guerra.
Pior, nos deparamos com o crescimento de um partido, o PSL, que pode eleger um presidente, na minha modesta opinião, o pior da história do Brasil até o momento. E pior para nós, trabalhadores, um presidente e um congresso nacional totalmente contrários aos direitos trabalhistas, sociais e das minorias.
A busca incessante de cada voto, nas ruas, no trabalho, entre todos os conhecidos, por cada um dos democratas desse país, é o nosso dever estimular e tem que se estender até às 16:59 de domingo!
Perguntei em um grupo de Whatsapp, que sei que tem eleitores bolsonaristas, por qual motivo votam nele. Não tive respostas.
Defender a democracia significa ampliar em todos os níveis a participação popular nas decisões sobre os destinos do Brasil. Nossa defesa tem que ser por um governo que reconheça seu papel de indutor da economia, do desenvolvimento da cidadania e de uma sociedade mais igualitária para todos, sem privilégios.
Vamos apoiar o ódio, o preconceito e a violência ou buscaremos a paz social e o respeito às liberdades individuais e à pluralidade de opiniões? Fortaleceremos o individualismo, o egoísmo e a ganância ou as ações coletivas e organizadas no enfrentamento das desigualdades de renda, de riqueza, regionais, raciais e de gênero?
Com esta conquista nas urnas iniciaremos uma nova fase na trajetória de lutas e vitórias do sindicalismo comerciário não somente de São Paulo, mas de todo o Brasil. Tenho certeza que a categoria comerciária se fortalece com a chegada de um legítimo representante na Câmara dos Deputados.
Por uma série de fatores o Brasil passa por sua maior crise econômica e nesse momento de dificuldades para toda a sociedade é preciso encontrar saídas que possam conduzir a nação por outros caminhos menos penosos. A mudança de rota depende de uma construção bem projetada, com alicerces que possam...
Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional a F-TI será formada pelas direções de diversos órgãos militares, policiais e econômicos com a competência para analisar e compartilhar dados sobre as organizações criminosas que afrontam o Estado brasileiro e para subsidiar a elaboração de políticas públicas e a ação governamental para enfrentá-las.
Estamos a poucos dias do segundo turno das eleições que elegerá o próximo presidente da República. E a mesma onda que empurra Bolsonaro à posição de favorito nesta disputa, causa perplexidade e confusão no interior das organizações da classe trabalhadora e entre os ativistas de vanguarda por todo o país. Como pode ser que uma […]
Acossada pelo desemprego, assoberbada pelos companheiros informalizados, agredida pela lei trabalhista celerada, desrespeitada pelo patronato histérico e desorientada pela campanha frenética de seu adversário visceral não reagiu com a presteza e a urgência requeridas pelo perigo iminente. Vai ficar para depois, quando vier o chanfalho.
Agora, no segundo turno, a divisão ficou ainda mais latente, concentrada em dois candidatos com ideologias bastante diferentes. Neste cenário, estão os brasileiros, absolutamente divididos, preocupados unicamente em defender as suas escolhas, abrindo mão do respeito e da compreensão. Nas últimas semanas, foram registrados casos de agressões e, até mortes, ocasionadas pela intolerância política. Neste duelo, todos estamos perdendo.
O esforço tem que ser de todos. O Brasil precisa ser refeito e a democracia preservada. Ódios e radicalismos vão aprofundar ainda mais as crises econômica, política, institucional, social e moral, que já devoraram 8% do PIB e prejudicam os desempregados, os mais pobres e os aposentados.
O momento histórico que o Brasil vive exige a mais ampla união dos que defendem as liberdades, a soberania nacional e a justiça social. Para enfrentar e derrotar o ódio e a violência que a direita mais retrógrada implantou nestes últimos anos. A mesma direita que patrocina a candidatura de...
Se a vitória de Haddad, por quem lutamos e trabalhamos, não vier, a partir deste 28 não se pode entrar na lógica que eles mais esperam e pretendem: a do confronto desigual e que possa aprofundar ainda mais – como no caso do Ceará, do PT e de Cid Gomes – a desunião das forças […]
Se Bolsonaro pretende acabar com as ‘regalias’ na área pública, não deve tratar todos como iguais. Até porque, na área pública, a igualdade não existe.
São Paulo e o Brasil necessitam de governantes que estão dispostos a dialogar, discutir propostas que vão ao encontro do interesse dos trabalhadores, como melhorias na educação, na saúde pública, e, claro, na geração de empregos. Sobre a nossa campanha, a categoria também precisa que os seus direitos sejam respeitados, por isso, a presença dos companheiros no seminário de sábado, 20, é de extrema importância para o conjunto da categoria.
Precisamos, enfim, investir pesado na qualidade da Educação, da creche à universidade, incluindo e garantindo a permanência das pessoas mais pobres nas salas de aula e, vale a pena reforçar, melhorando o salário dos professores e das professoras, valorizando a profissão e permitindo a qualificação permanente de todos os educadores do País.
O bolsonarismo explora a situação desorganizada dos trabalhadores, com informalidade, desemprego aberto, desalento, desesperança e apelo à segurança truculenta. Oferece a milhões uma almejada e exígua renda desde que os direitos sejam abandonados e a desorganização social seja aceita. Uma carteira de trabalho verde e amarela é o símbolo desta anarquia.
Na batalha eleitoral pela vitória é essencial a busca de votos. Preocupações abstratas e denúncias genéricas, tais como o fascismo de Bolsonaro, a busca do centro e os arreganhos do “mercado”, embora pertinentes, não conquistam votos e não consolidam posições na massa do povo.
Hoje, o número de desempregados em nosso país ultrapassa a casa dos treze milhões de trabalhadores, e o número de trabalhadores no mercado informal – sem registro em carteira e sem qualquer direito trabalhista – é quase idêntico. Se, acrescido ao número de trabalhadores fora do mercado de trabalho, contabilizarmos, também, os familiares que deles dependem, o número torna-se estratosférico, impossível de ser calculado com exatidão ou mesmo aproximadamente.
O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais mostra, no entanto, que o país foi varrido por um gigantesco tsunami político chamado Jair Bolsonaro.
Uma parcela significativa do eleitorado, decepcionado com a recessão, a queda da qualidade de vida, o desemprego e o volume crescente de denúncias de corrupção no País, passou a ver na candidatura do deputado Jair Bolsonaro uma solução. Seria alguém com disposição para enfrentar, com firmeza, essa suposta degradação moral....
Quando se leva um coice ou quando se sofre uma queda junto com a dor e o susto procura-se diminuir os danos. Depois é que se tenta entender a agressão e o acidente. Se havíamos considerado a agenda unitária dos trabalhadores e seus 22 pontos como a nossa pedra de...
Meu entusiasmo para desenvolver um mandato promotor do bem-coletivo se redobra com esta vitória nas urnas. Acredito que as mudanças que o Brasil tanto deseja vão começar com a Câmara dos Deputados pautada por seus ideais de renovação de pensamentos e pautada em comportamentos éticos e morais na política.
Por isso, a diretoria do nosso Sindicato fechou posição em apoio a Fernando Haddad e Márcio França. Entendemos que este caminho tem proposta clara para geração de emprego e renda, que ele sinaliza o respeito aos direitos humanos, os direitos dos mais pobres, dos trabalhadores.
A Constituição estabelece aos sindicatos a representação de todos os trabalhadores de suas respectivas categorias, e, para tanto, determina também uma fonte de custeio capaz de manter o sistema confederativo estruturado na unicidade sindical. Contudo, em outro ataque da Reforma Trabalhista, ratificado pelo Poder Judiciário, houve um desvirtuamento do sistema de custeio sindical. Como poderemos buscar um fortalecimento da negociação coletiva com o aprofundamento do desequilíbrio existente entre as entidades de representação do capital e do trabalho?
A versão atualizada da reforma da previdência e que está sendo propagandeada para a sociedade como mais moderada esconde mais perversidades que as versões anteriores. Ao reduzir o tempo de contribuição de 25 para 15 anos ela limita o valor do benefício em 60% da média dos últimos 15 anos de contribuição.
O 13º salário foi conquistado em 1962 pela luta e mobilização do povo brasileiro. Hoje ele faz parte da vida de 83 milhões de pessoas, entre empregados com carteira assinada, trabalhadores domésticos, aposentados, pensionistas e servidores.
Estabelecida a cola, a discussão com os outros sobre ela – pessoalmente e nas redes sociais – cria um campo de convivência favorável com diálogo, informação, comparação e convencimento.
Há quatro dias da votação das eleições presidenciais, não é novidade que o Brasil se encontra polarizado entre os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. A liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas verticaliza-se como uma grande incógnita aos organismos de análise política, uma vez que seus argumentos subvertem a lógica das realidades dos cidadãos e […]
Temos que escolher entre os candidatos a presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais ditos progressistas, de esquerda, e dar-lhes sustentação após a posse.
O 13º salário é uma conquista histórica dos trabalhadores que, junto com outros benefícios e direitos trabalhistas, move a economia, o comércio, a indústria e o serviços. Precisa ser respeitado e preservado.
Nossa posição é orientar os trabalhadores da base a escolher candidatos alinhados aos interesses populares. Ao mesmo tempo, o Sindicato alerta pra que não se vote em candidato contrário aos direitos trabalhistas, à organização sindical ou metido em corrupção.
Ato que não foi só contra o inominável, o recado foi para qualquer um que pense como ele: não aceitamos mais o machismo, a violência, o assédio em qualquer de suas variantes, não aceitamos mais ganhar menos, não aceitamos que nos matem.
Em suma, são os Sindicatos que formulam as reivindicações, organizam e mobilizam o conjunto dos trabalhadores no âmbito de uma democracia efetivamente democrática. Mas um Sindicato só será forte e participativo se contar com o apoio irrestrito dos trabalhadores. Se a situação dos trabalhadores está na situação em que hoje está, vamos tentar projetar como eles estariam sem a representação sindical: certamente estariam totalmente sem representação e desmobilizados.
A média geral de expectativa de vida nos países desenvolvidos, em 2050, será de 87,5 anos para os homens e 92,5 para as mulheres, enquanto nos países em desenvolvimento será de 82 anos para homens e 86 para mulheres, ou seja, 21 anos a mais do que os 62,1 e 65,2 atuais, respectivamente.
Os dirigentes e os ativistas sindicais – homens e mulheres – devem refletir com seriedade sobre o que está em jogo, muito além das disputas eleitorais.
‘Ele disse: vote em Dutra’. E o general mato-grossense Eurico Gaspar Dutra foi eleito, em 1945, o 16º presidente da república, com 55,39% dos votos, pelo PSD. Governou de 1946 a 51.
Às vésperas da jornada das mulheres no dia 29 em repúdio ao bolsonarismo registro, com orgulho, a orientação unitária majoritária das centrais sindicais de participação e apoio plenos emprestando a ela a experiência do movimento sindical na organização ordeira de grandes eventos, afastando os provocadores e os ameaçadores de violência...
Eles, não! Existe um forte movimento social chamado “Ele Não!”. É uma iniciativa correta, mas alerto que ela não pode ser apenas uma peça do atual tabuleiro eleitoral. Talvez melhor seria “Eles, não!”. Eles quem? Os políticos desonestos, os deputados improdutivos, os que votam contra o povo, os candidatos que pedem voto ao trabalhador e, no Congresso Nacional, massacram direitos e avanços sociais.
Em 2017, 81% das greves acompanhadas por levantamento do DIEESE tiveram caráter defensivo. Isso significa que os trabalhadores cruzaram os braços como forma de reagir ao não pagamento dos salários, ao não cumprimento de direitos ou para dizer não à tentativa patronal de retirar benefícios da convenção ou do acordo coletivo. Em período recessivo, com altas taxas de desemprego de longa duração, o medo da demissão e o entendimento, por parte dos trabalhadores, das adversidades, acabam diminuindo o ímpeto para movimentos que visem ampliar direitos e conquistas. As greves propositivas tiveram queda relativa nesse período, como mostra o estudo.
A política foi a forma que a civilização encontrou para mediar e resolver, de forma pacífica e negociada, os conflitos e contradições que os indivíduos, na sociedade, não podem nem devem resolver diretamente com fundamento na força, sob pena de retorno da barbárie.
Bolsonaro, na realidade, só está sendo aquele cavalo que passou arriado, diante da falência múltipla de opção eleitoral competitiva de parte do grande empresariado, que agora vislumbra estar elegendo indiretamente um liberal, empresário e economista, e não um desqualificado, intempestivo e demagogo.
A nota, que faz parte de uma onda de repúdio ao candidato, é um alerta contra suas pregações caracteristicamente antidemocráticas, contra os trabalhadores e as trabalhadoras e antissindicais. Bolsonaro é também a volta da guerra fria.
Pesquise os candidatos que irão compor as casas legislativas. Analise o que foi feito pelos deputados e senadores que buscam a reeleição. Guarde bem o nome desses candidatos que você ajudará a eleger, para depois cobrá-los de suas decisões.
Algumas declarações recentes de importantes políticos nos levam a concluir que se a nossa democracia não for reativada, o futuro imediato poderá reservar surpresas desagradáveis.
A OIT estima que 42% dos empregos no mundo são desprotegidos, número que cresce desde 2012. Há, portanto, um fenômeno estrutural de aumento dos empregos vulneráveis (trabalhadores por conta própria, trabalhadores familiares auxiliares e assalariados sem registro) em um contexto de altas taxas de desemprego de longa duração.
Se Ciro Gomes ganhar, pode chamar os melhores quadros do PT para governar com ele. E vice-versa, se Fernando Haddad for eleito. Vamos conclamar os eleitores indecisos a desmascarar Bolsonaro e levar para o segundo turno dois excelentes gestores: um da área da economia e o outro da educação. Com isto, nosso povo tem poucas chances de erro e nossa democracia terá espaço para florir.
O livro “A verdade vencerá” expõe avaliações do ex-presidente Lula sobre a política atual e sobre os desdobramentos do governo de Dilma Rousseff. Produzido a partir de três rodadas de entrevistas com o ex-presidente para os entrevistadores Juca Kfouri, Maria Inês Nassif, Gilberto Maringoni e Ivana Jinkings, em São Paulo,...
Todos os direitos que os trabalhadores hoje têm são frutos da luta das entidades sindicais. Nada caiu do céu nem nos foi ofertado por algum patrão que tenha olhado com bons olhos na direção dos seus empregados. Não lutássemos para ver o que hoje teríamos!
Há um engano renitente no pensamento político, aquele que coloca um sinal de igual entre as palavras democracia e liberalismo.
A avaliação nacional do ensino médio é uma calamidade. A maioria dos estados não alcançou os limites mínimos pré-estabelecidos. Mais de 52% dos adultos não concluíram essa fase de ensino.
A ação sindical se materializa em movimentos de reivindicação e defesa de direitos, muitos dos quais são tratados nas negociações coletivas e podem ser assegurados em acordos e convenções. Outros serão tratados na regulação geral da legislação ou em instrumentos normativos aprovados ou deliberados no âmbito do Legislativo, Executivo ou Judiciário.
Para os cargos legislativos a demonstração é evidente havendo em todo o Brasil mais de 25 mil candidatos diferentes podendo as escolhas serem as mais diversificadas e se mantém nas eleições majoritárias apesar do afunilamento das opções.
Os estudos mostram outros dados que merecem reflexão. Por exemplo: de cada 100 mortos de forma violenta, 71,5 são negros. Como o negro e a negra estão na base social, é fácil concluir que os homicídios atingem, esmagadoramente, os mais pobres.
A política de valorização do salário mínimo que antes de se formalizar em lei era ocasião dos maiores acordos coletivos anuais do mundo inteiro (pois diziam respeito aos salários de mais de 50 milhões de trabalhadores entre empregados, aposentados, pensionistas e informalizados) resultou do ativismo das centrais sindicais que se uniram, mobilizaram e realizaram inúmeras marchas à Brasília, contando com o apoio teórico do Dieese, incansável em sua batalha pela valorização do mínimo.
Há um complexo processo econômico, social, político e cultural que aprofunda e expande a acumulação de riqueza em escala global e acirra a concorrência entre as empresas, por meio da flexibilidade para alocar a força de trabalho e a tecnologia.
Se aprovada, essa proposta impactará mais de 4 mil municípios que entrarão em colapso econômico e social. É a mais pura confirmação de que com a reforma da Previdência milhões de brasileiros serão sentenciados à morte e o país afundará ainda mais na crise política e econômica.
Não duvido da boa intenção em elevar o contingente de mulheres cientistas de quem promove o curso. Mas questiono de forma contundente a forma como isso está colocado.
A unidade na luta, a ação conjunta dos trabalhadores e suas entidades sindicais (Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais Sindicais) em temas pertinentes à gigantesca maioria dos brasileiros, é o que nos empurra para a frente e nos faz nunca desistirmos de acreditar e lutar por igualdade e justiça social.
Felizmente há um esforço de importantes dirigentes e de entidades poderosas para manterem a cabeça no lugar e os pés no chão criticando a ação desvairada que feriu o candidato Bolsonaro e reforçando a exigência de respeito à democracia e às divergências. É o que fizeram Miguel Torres e Juruna ao assinarem a importante nota da Força Sindical, única central que se manifestou tempestiva e contundentemente.
Por isto precisamos valorizar uma conquista dos trabalhadores, o direito de voto, e nos preparar para o embate de 2018 para eleger parlamentares que defendam nossos interesses, governadores e presidente que façam uma política social voltada à maioria.
Em história mais recente, lembramos também que o golpe militar de 1964 impediu o voto direto para Presidente da República e outros cargos, como governador, prefeito e senador. Ou seja, o caminho para a manifestação legítima da democracia ainda era custoso. Naquele tempo, eram escolhidos pelas urnas apenas os deputados federais, estaduais e vereadores.
É absurda a situação em que o cidadão, necessitando de uma solução emergencial para a sua vida, tenha seu direito cerceado por entraves burocráticos e se encontre obrigado a recorrer à contratação de um advogado, gerando custos e transtornos.
Estamos falando de temas como a Reforma Trabalhista, a terceirização da mão de obra, o Teto de Gastose o pré-sal. Munidos destas informações, os dirigentes sindicais precisam fazer chegar ao conhecimento dos trabalhadores quem são os inimigos da classe trabalhadora, que na campanha dizem uma coisa e na prática fazem outra.
O estudo aponta que mais de um terço dos setores industriais fechou a primeira metade do ano com desempenho negativo. As informações desmentem o discurso da gestão Temer de que o Brasil tenha encontrado o caminho para a “recuperação econômica”.
Os estados com maior percentual de candidatos à reeleição são Amapá, com 95,83%; Rio Grande do Norte, com 91,67%, e Rondônia, com 91,67%. O estado com menor percentual de postulante à recondução ao mandato é Rio de Janeiro, com 65,52%. Entre as 27 Assembleias Legislativas, em apenas dez o percentual de candidatos à reeleição é inferior a 80%.
Na direita, com seu principal candidato, Geraldo Alckmin, patinando nas pesquisas, e outros na penumbra das estatísticas, Ciro surge como alternativa entre o PSDB e o PT para enfrentar o radicalismo-oco de Bolsonaro, em que grandes segmentos da esquerda e direita veem como um caminho caótico para o país.
Para atestarmos que a adoção da terceirização em qualquer atividade é um efetivo atentado contra os trabalhadores, basta dizer que a Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), criticou duramente a decisão do STF por entender que a terceirização irrestrita viola o regime constitucional da proteção ao emprego e agrava problemas, como alimentar a alta rotatividade dos trabalhadores.
Mais uma vez somos nós, classe trabalhadora, que pagamos a conta. Agora, o trabalho escravo é legal e os servidores públicos serão ainda mais precarizados. Essas medidas confirmam que a gestão Temer não tem compromisso com o país e nem com o nosso povo.
Quero ressaltar com isso que, na contramão do descaso do poder público, o movimento sindical (que os mesmos políticos responsáveis pelo desmonte do nosso patrimônio histórico e da nossa educação querem destruir), valoriza a memória dos trabalhadores investindo na manutenção do acervo e na produção de peças, como a revista, que registram e divulgam esta história.
A vitória, muito além de uma vitória de categoria, de central sindical ou de sindicato, deve ser valorizada por todo o movimento sindical como um indicador de possibilidade e um exemplo para todos (ainda que se refira a um setor econômico que tem passado ao largo da crise e se beneficiado dela, como a banca e os rentistas e a uma rede sindical que não foi sacrificada pelo exaurimento dos recursos financeiros).
Se há a intenção de mudar tais regras, que isso seja feito com novas discussões travadas de forma democrática.
Hipocritamente, os meios de comunicação apregoam que estamos vivendo um momento importante e que a democracia brasileira funciona com base na definição radical da ‘participação de todos e todas’. Gabam-se de que temos vasto número de partidos e candidatos.
As pessoas que lutam por justiça e por um Brasil melhor são como o meteorito Bendengó, que ficou intacto no incêndio do Museu Nacional: vão resistir e continuar sonhando e lutando pela Nação.
O partido que poderia desempenhar o centro mediador, o MDB, não teve condições de fazê-lo porque também estava em 1 dos polos na disputa do impeachment, inclusive como protagonista, já que o vice-presidente da República, Michel Temer, tinha interesse direto na queda de Dilma. Desse modo, com o esvaziamento do centro político, a eleição marcha indelevelmente, como todas as anteriores, desde a redemocratização do País, para confirmar que a polarização continua sendo, insofismavelmente, entre a esquerda e a direita.
Não obstante a tragédia do resultado, os votos dos ministros demonstram que, na verdade, advogam causas e não se restringem somente ao julgamento da constitucionalidade ou não de dispositivos legais.
Mais uma vez o lema “A Luta faz a Lei” deve caminhar com a gente, pois só assim, na base da luta dos Sindicatos e trabalhadores nas portas de fábrica, é que vamos barrar mais esse retrocesso e impedir que patrões e empresas explorem ainda mais os brasileiros.
A lei celerada ajuda a travar a economia; ela não cria empregos, derruba salários, corta direitos e impede o consumo potencializando a recessão que a precede, que a acompanha e que lhe é consequência. A lei celerada é um entrave à retomada do desenvolvimento.
Ainda que se tente suplantar a realidade, Bolsonaro, após a sabatina no Jornal Nacional, saiu fortalecido junto ao seu eleitorado, com a possibilidade de ampliar seu espectro a outros segmentos. As próximas pesquisas determinarão.
A ausência de projetos por melhores condições de vida para a Terceira Idade evidencia que idosos ainda são vistos, preconceituosamente, como fardos sociais, ou seguem como seres invisíveis ao sistema.
A cada debate ou sabatina com os presidenciáveis fico ansioso para ver o candidato sendo “espremido” pelos jornalistas com perguntas inteligentes sobre os problemas relevantes do País. Mas não é o que tem acontecido.
Nos últimos anos sofremos muitos reveses, como a terceirização da atividade-fim e a reforma trabalhista. Enfim, tudo ficou fora de lugar e, pior, foi feita muita propaganda dos defensores destas medidas vendendo ilusões aos trabalhadores, tentando convencê-los de que suas propostas, quando implementadas, iriam gerar empregos.
Espero que tenhamos uma eleição limpa e que possamos escolher com convicção de que estamos fazendo o melhor e não apenas um protesto. Afinal o maior instrumento democrático que possuímos está em votar com consciência crítica e dar as condições para que esta representação seja ampla no que necessitamos como povo.
Este é o Brasil em que vivemos hoje, de desigualdades econômicas e sociais, de altos e baixos, de privilégios e descasos, de altos salários e da mais absoluta miséria. Mas um Brasil de guerreiros incansáveis, um Brasil de trabalhadores que lutam por melhores dias e que um dia alcançarão todos os seus objetivos!
Mais que nunca se torna necessário aceitarmos o conselho de Antonio Gramsci que recomendava aliar o pessimismo da inteligência ao otimismo da vontade.
Esperamos que a sociedade brasileira reflita bem e afaste de uma vez por todas este risco democrático chamado Jair Bolsonaro. Gente assim no poder é que representa um entrave para o Brasil crescer, gerar emprego e trabalho decente, distribuir renda e riquezas, promover justiça e igualdade social e garantir o bem-estar para todos!
Para tentar mudar esse quadro que se anuncia decepcionante e catastrófico mandando de volta para o Congresso a grande maioria de deputados e senadores que votaram contra o povo e os trabalhadores será preciso mais que otimismo. Será preciso muito trabalho daqui até o derradeiro dia da eleição.
Desalento, desesperança e o desencanto tomam conta de nossos lares e empurram, para a baixo, a estima de um povo que, por um período, ousou sonhar. É isso que está em jogo nestas eleições: ousar sonhar!
Os trabalhadores e seus sindicatos foram, nesses quase 200 anos, protagonistas de múltiplas modernidades, seja por meio de lutas revolucionárias, seja construindo, com suas batalhas, os fundamentos da democracia, do Estado, do direito social e econômico, da igualdade e da justiça. Muito daquilo que são hoje direitos, bens coletivos e serviços públicos universais estavam nas bandeiras das lutas travadas pelos trabalhadores.
Apesar de não ser obrigatório, sindicalizar-se é um direito do trabalhador. São os sindicatos os legítimos representantes dos trabalhadores junto às empresas e ao governo na luta por reajustes salariais, pela manutenção e ampliação de direitos, por ambientes seguros de trabalho, pelo cumprimento das convenções ou acordos coletivos, e pelas demandas oriundas da relação capital e trabalho, sejam elas coletivas ou individuais.
O desemprego, resultado maléfico da recessão e de políticas erradas, é seguramente um dos temas maiores das campanhas, seja como denúncia, seja como proposta para superá-lo.
Se grandes instituições bancárias e empresas, privilegiadas, costumam ser socorridas pelo Estado, o Estado não pode deixar à míngua, na crise sem fim, na humilhação das dívidas, a grande maioria da população brasileira, que é trabalhadora, empreendedora e solidária e quer continuar produzindo um crescimento econômico justo para todos. Merecemos um País melhor!
Os sindicatos investem em formação sindical, organizam os trabalhadores, atuam em espaços institucionais, reivindicando, resistindo, propondo e negociando. Também oferecem diferentes tipos de serviços para os trabalhadores (jurídicos, sociais, médicos, entre outros). A institucionalização, no entanto, muitas vezes, distancia as direções sindicais da base, além de gerar visões burocráticas que bloqueiam o encanto originário das lutas e da essência do papel sindical.