PUBLICADO EM 09 de out de 2019
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A importância do Nobel da Paz

Por esses dias, será escolhido o Prêmio Nobel da Paz 2019. Vários nomes são cogitados, dentre eles o Papa Francisco e o ex-presidente Lula. Há outros indicados de igual valor e com méritos.

Por esses dias, será escolhido o Prêmio Nobel da Paz 2019. Vários nomes são cogitados, dentre eles o Papa Francisco e o ex-presidente Lula. Há outros indicados de igual valor e com méritos.

O Nobel, instituído há 118 anos, nunca foi entregue a um brasileiro, em suas cinco categorias: Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. A freira irmã Dulce chegou a ter seu nome indicado, pelo próprio presidente Sarney, mas não foi referendado pelo comitê organizador.

O Nobel da Paz, evidentemente, se destina a personalidades cuja vida ou trabalho tenha ajudado a fortalecer um ambiente de paz no mundo ou em suas regiões. O Papa Francisco tem notório reconhecimento nesse campo. E Lula, por sua história pessoal, atuação sindical e conduta administrativa, também se faz merecedor.

Todos nós sabemos quanto é benéfica a paz pessoal, familiar e no trabalho. Mas nem todos têm ideia do que é viver sob guerra, em meio a conflitos armados ou mesmo em áreas onde mandam o crime organizado, milícias e outras organizações ilegais ou paralelas ao Estado.

Mas há uma palavra que não se dissocia da paz. Essa palavra é justiça. Por isso, sabiamente, há décadas, setores progressistas da Igreja Católica criaram e ainda mantêm a chamada Comissão de Justiça e Paz, que teve papel importante no combate à violência da ditadura e a outros abusos contra os mais fracos.

Há justiça sem emprego e sem renda? Há justiça sem trabalho digno? Há justiça num ambiente de trabalho que envenena os empregados, mutila ou mata? Há justiça num modo de produzir alimentos que envenena a comida, contamina o solo e polui os lençóis freáticos? Há justiça num governo que congela o salário mínimo? Há justiça numa polícia que ataca preferencialmente jovens negros e pobres da periferia? Há justiça nessas formas de trabalho uberizado, em que o trabalhador não tem jornada fixa, horário de descanso, nem dia certo pra receber seu pagamento? Também não.

Portanto, pra se construir a paz, será necessário gerar condições para a existência efetiva da justiça. O sindicalismo é uma força que atua pela justiça social. Não se conhece de Lula um só gesto gerador de injustiça. E o Papa Francisco é um apóstolo da justiça, da tolerância, da fraternidade e da paz.

Que o Prêmio Nobel da Paz seja entregue a quem mereça. Que, além da entrega do prêmio e do dinheiro, a premiação seja um estímulo a que todos nos engajemos em prol da paz. Ou melhor: da justiça e paz.

Criança – Domingo, dia 13, o Sindicato realiza no Clube de Campo a Festa da Criança. Estamos trabalhando para que seja um dia de alegria, brincadeiras, confraternização e paz.

José Pereira dos Santos – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical

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