PUBLICADO EM 01 de out de 2019
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Ampliar a mobilização em defesa da Unicidade Sindical

A nova reforma trabalhista, com a extinção da Unicidade, seria como o golpe de misericórdia no sindicalismo, já abalado pelo fim do chamado Imposto Sindical.

Contra as pretensões do governo de implantar o plurisindicalismo selvagem, a Direção Executiva Nacional da CTB, em reunião encerrada no último dia 27 em Curitiba, decidiu realizar uma ampla campanha em defesa das entidades sindicais, contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora e o desmonte da organização sindical.

A CTB reafirmou a defesa da Unicidade Sindical e a rejeição ao pluralismo que Jair Bolsonaro pretende impor, com o óbvio propósito de dividir, pulverizar e debilitar ainda mais o sindicalismo. Posição semelhante foi adotada também por outras três centrais sindicais: Nova Central, CSB e CGTB.

A classe trabalhadora e povo brasileiro já perderam demais. São muitos os retrocessos provenientes de medidas como o congelamento dos gastos públicos, a reforma trabalhista regressiva, a terceirização generalizada, o desmonte da seguridade social, a malfadada reforma da Previdência.

A nova reforma trabalhista, com a extinção da Unicidade, seria como o golpe de misericórdia no sindicalismo, já abalado pelo fim do chamado Imposto Sindical. Nessa matéria não cabe vacilação. Precisamos ter pulso firme e resistir. Não podemos cair no canto da sereia do governo e do neoliberalismo e considerar favas contadas a instituição do pluralismo.

Lembremos que o discurso dos patrões e da mídia era o de modernizar as relações de trabalho para dar segurança jurídica às empresas e gerar empregos. Uma falácia.O que assistimos é o desemprego em massa e os trabalhadores inseguros, até mesmo em recorrer à Justiça para receber verbas rescisórias, pelo fato da Justiça gratuita ter acabado, prevalecendo agora o risco de arcar com as custas processuais.

A CTB defende a união do mais amplo leque de entidades sindicais e setores da sociedade civil organizada numa campanha para fortalecer a organização sindical, contemplando a defesa da Justiça do Trabalho e a sustentação material das entidades que estão unificadas na luta em defesa da democracia, da soberania e dos direitos e conquistas da classe trabalhadora.

Adilson Araujo, presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

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  • Antônio Carlos de Faria

    Esse não sabe fazer nada sem atacar o direito dos trabalhadores que demorou muito,e agora quer acabar usando somente a caneta, assim fica fácil.

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