PUBLICADO EM 16 de jan de 2020
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Governos podem prejudicar sindicalismo, não acabar com ele

Parlamento, partidos políticos e sindicalismo são a essência de uma democracia. Nenhum governo — a não ser que implante uma ditadura — pode acabar com esse tripé. Mas pode prejudicar um deles. E muito. É o que acontece com o sindicalismo brasileiro.

Parlamento, partidos políticos e sindicalismo são a essência de uma democracia. Nenhum governo — a não ser que implante uma ditadura — pode acabar com esse tripé. Mas pode prejudicar um deles. E muito. É o que acontece com o sindicalismo brasileiro.

Temer, com a Reforma Trabalhista, acabou com o imposto sindical obrigatório. Bolsonaro, com a MP 873, proibiu o desconto das contribuições (emergencial e a própria sindical optativa) nas folhas salarias das empresas, obrigando os trabalhadores a fazer os pagamentos em boletos. Tudo isso sufocou financeiramente os sindicatos.

E o atual governo ainda quer implantar a MP 905 que, entre outras coisas, impede o sindicato de negociar a PLR com as empresas. Essa medida deve entrar em vigor apenas no ano vem. Quer dizer que vem mais “chumbo grosso” por aí.

As consequências desse cerco governamental, até agora, foram dramáticas: 1,5 milhão de filiados deixaram os sindicatos, segundo pesquisa do IBGE, divulgada no dia 19 de dezembro. Em 2018, a sindicalização recuou para 12,5%, dos 92,333 milhões ocupados, a menor da história.

Mas nada disso deve nos assustar. O sindicalismo brasileiro tem uma grande história de lutas. A principal delas foi acabar com a ditatura. Outra batalha foi a valorização do salário mínimo, um dos pilares da distribuição de renda, da nossa assustadora desigualdade social.

Só há uma saída. Mostrar aos que já foram sindicalizados, ao exército de 38,8 milhões de informais (em consequência das reformas feitas pelos governos Temer e Bolsonaro), aos 4 milhões de desalentados e a todos os trabalhadores precarizados, que o caminho é participar do sindicato, única forma de representação segura para quem só tem a mão de obra para vender. Essa é a nossa grande tarefa para 2020. Vamos à luta.

Ricardo Patah é Presidente da UGT

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  • Ricardo Gomes

    Tudo o é de bom para os trabalhadores esse governo vai tentar destruir. O trabalhador vai ficar sem representatividade e sem proteção dos seus direitos. O povo brasileiro não enxerga isso?

  • Marco Antonio Lagos de Vasconcellos

    Meu nobre amigo Patah, concordo com suas observações, pois, acabar com Sindicalismo com certeza não acaba, enfraquece e cada vez mais não teremos sucessores, todavia, se faz necessário que resistimos a toda esse perseguição do governo, haja vista, que nos não divulgamos o nosso trabalho nas últimas décadas, por comodismo. Parabenizo vc pelas ações realizadas nesses tempos difíceis, pois, aqui no Rio ficamos contentes e eu propago muito ese trabalho de empregabilidade que vc fez, faço com bastante firmeza sua divulgação, pois sei o quanto isso ÷ válido. Se precisar de.mim para contribuir com algum trabalho no Rio, fala com Nilson e estarei junto. Um Grande Abraço, do seu admirador . Marquinho Força Sindical -RJ

  • Sindicato dos trab.Alternativosve Suplementares de Minas Gerais....

    Eu com presidente do Sindicato dos onibus Suplementatess decminas gerais estamo com seria dificuldades nao yemos receita para a luta a nao sercaquele 1% que esta na CLTTrab. tem mais os trab.estao sendo induzidos a fazer suas recisoes em contabilidades os mesmos saem dali e vao direto para um Adv.para entrar com avoes trab..isso fpi um toro no pe dos patroes kkkkk e minha humilde opiniap

  • Vicente Filizzola

    Vamos a luta, o caminho é esse, vamos contriir um caminho para o movimento sindical

  • Vicente Filizzola

    Vamos a luta, o caminho é esse.

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