PUBLICADO EM 15 de dez de 2019
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O exemplo vem da Argentina

Infelizmente, as medidas adotadas por Bolsonaro e pelo ministro Guedes (Economia) só servem para destruir direitos trabalhistas, precarizar as relações de trabalho.

Acreditamos estar no caminho certo o novo governo argentino, sob gestão do presidente Alberto Fernandez, ao tomar medidas econômicas emergenciais para resolver o problema do desemprego e melhorar a vida da população mais necessitada e dos aposentados de nosso país vizinho.

Quem dera tivéssemos no Brasil um governo assim, com sensibilidade social e vontade política para adotar medidas que pudessem interromper a recessão, o desemprego, o trabalho precário, o subemprego, o desalento e o crescimento da pobreza e da miséria.

Infelizmente, as medidas adotadas por Bolsonaro e pelo ministro Guedes (Economia) só servem para destruir direitos trabalhistas, precarizar as relações de trabalho e beneficiar ainda mais os setores privilegiados e os patrões que vivem da exploração da classe trabalhadora.

A reforma da Previdência, o congelamento do salário mínimo e a MP 905, medida provisória que criou a Carteira Verde e Amarela, sem direitos, são os exemplos mais recentes da política nefasta que o governo brasileiro tem adotado contra os interesses e as reais necessidades de nosso povo.

Por isto, o movimento sindical brasileiro continua unificado nas lutas de resistência em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da retomada do desenvolvimento.

Neste sentido, vale a pena novamente destacar as 5 medidas lançadas pelas centrais sindicais na Jornada de Lutas por Empregos e Direitos, realizada de 10 a 13 de dezembro. São emergenciais, necessárias e, com vontade política, podem e devem ser executadas para resolver os nossos problemas:

1 – Emprego emergencial promovido pelo Estado com direitos trabalhistas; passe livre no transporte; aluguel social, isenção do IPTU, gratuidade na conta de água, luz e gás de cozinha; cesta básica.

2 – Renegociação da dívida das famílias com prazos condizentes e juros reduzidos.

3 – Taxação dos ricos e milionários que hoje pagam pouco ou nenhum imposto e a derrubada da proposta de taxar o Seguro-desemprego.

4 – A retomada dos investimentos em saúde e educação pública de qualidade e dos programas de habitação popular.

5 – Pela política de valorização do Salário Mínimo e correção da tabela do imposto de renda.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

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