Começou a campanha salarial de 2022 para os padeiros, confeiteiros e balconistas das sete cidades do ABC com data-base em 1º de junho. Na sexta, 18 de março, foi definida a pauta de reivindicações em assembleia na subsede do Sindicato dos Padeiros de São Paulo em Santo André.

O Sindicato negociará com o setor patronal a manutenção do poder aquisitivo dos salários da categoria, com a aplicação de um índice estimado em 11,68% (INPC/IBGE do período de 1/6/2021 a 31/5/2022). Também reivindica aumento real de 5% – piso salarial de R$ 3.268,69 e restabelecimento da tabela de salários e funções que existia até 1963 – abonos de R$ 1.340,00, R$ 1.563,00, R$ 1.675,00 e R$ 1.900,00 (de acordo com o número de trabalhadores em cada empresa) – jornada de 40h, sem redução salarial, para gerar empregos e mais qualidade de vida.

Outras reivindicações: cesta básica mensal de alimentos de 50kg; feriado com remuneração de mil reais no Dia do Padeiro (13 de junho); adesão das empresas ao Programa Empresa Cidadã, garantindo às trabalhadoras o direito de prorrogação de 60 dias na licença maternidade; folga extra mensal (5ª folga mensal de acordo com o artigo 67º da CLT) nas empresas em que o descanso semanal remunerado não coincidir com os domingos; obrigatoriedade de as empresas lavarem e higienizarem os uniformes dos seus empregadores, sem custo algum para os trabalhadores; e manutenção e/ou ampliação das demais conquistas anteriores da Convenção Coletiva de Trabalho.

“Nossos objetivos são agora mobilizar a categoria com estas reivindicações, intensificar a sindicalização, manter com o setor patronal negociações de alto nível e divulgar à sociedade e aos consumidores o amplo alcance social e econômico destas futuras conquistas para os trabalhadores de nossa base no ABC, que, com certeza, servirão de exemplo para a campanha salarial para os trabalhadores de nossa base São Paulo com data-base em 1º de novembro”, explica Chiquinho dos Padeiros, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da Febrapan (Federação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Confeitarias e Padarias) e Secretário Nacional de Organização, Formação e Políticas Sindicais da UGT.

Fonte: Sindicato dos Padeiros de São Paulo