A nova diretoria (gestão 2021 – 2024) tomou posse, neste sábado (22), com o compromisso de manter o Sindicato no caminho da luta. São 41 diretores que estarão nas fábricas para organizar os metalúrgicos e combater a exploração e opressão.

Em virtude da pandemia, a cerimônia foi virtual, com cerca 450 internautas acompanhando simultaneamente. Ao todo, foram seis mil engajamentos, sendo cinco mil pelo Facebook.

A CSP-Conlutas foi reeleita, em fevereiro, com 95% dos votos, mantendo o atual presidente Weller Gonçalves à frente do Sindicato. A vice-presidência passa para Valmir Mariano da Silva, trabalhador da GM.

“Os desafios que vocês têm para o próximo período são grandes e temos certeza de que serão capazes de vencê-los, assim como foi feito durante a greve das trabalhadoras das terceiras da LG, uma greve que sacudiu a região e serviu de exemplo para todo o país”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, em sua saudação.

E completou: “Manter essa tradição de luta do Sindicato é a tarefa que vocês têm e que vão carregar nos ombros pelos próximos três anos, um Sindicato internacionalista, que apoia a luta dos trabalhadores em todo o mundo. Um Sindicato que organiza pela base, por dentro das fábricas, de maneira independente e que está a favor dos setores oprimidos, das mulheres, dos negros, dos LGBTs, dos movimentos populares, e que enxerga a necessidade de unificar todos para enfrentar o governo Bolsonaro”.

O vice-presidente Valmir Mariano agradeceu a cada trabalhador que colocou confiança nesta diretoria.

O presidente Weller fez severas críticas ao governo Bolsonaro, que levou o país a este cenário catastrófico, e lembrou das importantes lutas travadas pela categoria nos últimos três anos. Ele citou as mobilizações contra a venda da Embraer e as 2.500 demissões pela fábrica, a greve geral contra a reforma da Previdência, o combate à reestruturação da GM, ao fechamento da Ford, as greves em defesa dos empregos na MWL, Latecoere, JC Hitachi, Blue Tech, Sun Tech e 3C.

“Os próximos três anos serão tão ou mais desafiadores. A gente vê o ataque generalizado da burguesia e do sistema capitalista sobre os trabalhadores, um cenário de pandemia que já matou mais de 400 mil brasileiros; além da morte, hoje a gente vive um cenário de guerra no país e no mundo. O governo Bolsonaro negacionista não comprou as vacinas e hoje paga um auxílio emergencial de R$ 150. Muita gente tem que escolher entre morrer pelo vírus ou pela fome”, afirmou Weller.

Ele também relembrou a greve geral na categoria por isolamento social, no início da pandemia: “Não foi uma greve econômica, foi uma greve política em defesa da vida dos trabalhadores. Temos muito orgulho da campanha que ainda estamos travando”.

“Vamos seguir na luta pela transformação da sociedade. Enquanto existir o capitalismo, vai ter fábrica fechando e trabalhador na miséria. E este Sindicato vai seguir nesta luta ideológica junto com os trabalhadores. Nós precisamos transformar a sociedade. Para isso temos que destruir o sistema capitalista e construir junto com os trabalhadores uma nova sociedade, uma sociedade socialista, que é a única forma de libertar a classe trabalhadora da exploração e opressão”.

Ao longo da cerimônia, o Sindicato foi saudado pelas seguintes entidades:

– Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais
– CSP-Conlutas
– Unidos Para Lutar
– Sindicato dos Químicos de São José dos Campos
– Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos
– Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Campos
– Sindicato dos Servidores Municipais de Jacareí
– Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação
– Sindicato dos Trabalhadores dos Correios
– Movimento Mulheres em Luta (MML)
– Associação Democrática dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba
– Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese)
– Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT)
– Luta popular
– PSTU
– PSOL

Música e prêmios
Além de assistir à posse, os trabalhadores puderam assistir ao show da banda Soundclub Box e participar do sorteio de prêmios para os metalúrgicos associados.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos