PUBLICADO EM 07 de jan de 2019
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Os erros de linguagem corporal que você não percebe que está fazendo no trabalho, de acordo com experts

Mesmo com tanto em jogo, experts dizem que nós somos cometemos, de forma inconsciente, uma série de gafes de linguagem corporal no lugar de trabalho. Aqui estão algumas comuns – e como corrigi-las.

Sophia Gottfried

Você cumpre os prazos e faz horas extras no trabalho – e você ainda não conseguiu aquela cobiçada promoção, ou cultivou conexões significativas com colegas de trabalho. Poderia ser a sua linguagem corporal que está segurando você para trás?

Quando se trata de comunicação, “você pode estar dizendo uma ou duas palavras, mas soltando milhares de pistas não verbais”, diz a expert em linguagem corporal e autora Patti Wood. Essas pistas não verbais, que incluem tudo, da sua postura a sua expressão, são cruciais para qualquer interação – e é especialmente importante projetar as pistas corretas no trabalho, ela diz.

Mesmo com tanto em jogo, experts dizem que nós somos cometemos, de forma inconsciente, uma série de gafes de linguagem corporal no lugar de trabalho. Aqui estão algumas comuns – e como corrigi-las.

Má postura ou desleixo

É fácil entrar em uma postura menos-que-perfeita depois de longas horas na sua mesa, mas desleixo “transmite que você é fútil [ou] não tão competente” quanto aqueles que sentam direito, diz a Dr. Lillian Glass, uma expert em linguagem corporal e consultora de comunicações.

Mesmo se você acha mais confortável, “as outras pessoas leem isso como não positivo, não energético, não cuidadoso”, adiciona Woods.

Quanto a ficar curvado sobre telas de computador e telefones, não apenas são “pescoço de tecnologia” e postura pobre, má para sua saúde física e emocional, mas Wood diz que essa linguagem corporal também transmite que você é defensivo, reservado ou distraído.

Se você se pega escorregando para má postura, Glass diz a seus clientes para mover suas nádegas para o posterior de suas cadeiras, com suas costas permanecendo na vertical contra a parte traseira da cadeira, sem sentar muito rigidamente.

Mover-se inquietamente

Quer seja se você está torcendo uma mecha de cabelo, batendo seus joelhos, ou brincando com objetos na mesa, experts dizem que provavelmente não há maneirismo tão distrativo quanto mover-se inquietamente. Muitas vezes, os nervos dirigem esses comportamentos, diz Glass.

Mas mover-se muito inquietamente em uma reunião vai causar em seus colegas pensamentos como “porque ela não está prestando atenção, porque ela não está sintonizada?”, diz Wood.

“Você não quer fazer coisas que distraem, você quer fazer coisa que atraem”, explica Joe Navarro, um veterano de 25 anos do FBI, que agora escreve e palestra largamente sobre comunicação não-verbal. Numa reunião ou numa conversa, Navarro sugere canalizar sua energia longe de bater os pés, esfregar o nariz ou girar os polegares, e ao invés focar em fazer contato visual, inclinar a cabeça e manter suas mãos visíveis. Esses pequenos ajustes para o seu comportamento vão fazer você parecer mais atento, ele diz.

Manter uma expressão tensa na face

Você está com os olhos semicerrados na tela do seu computador quando seu chefe para para bater papo. Você pode não perceber, mas essa expressão de profunda concentração – olhos estreitados, sobrancelhas franzidas – pode aparecer como frustração ou raiva quando você olha para cima do seu dispositivo, diz Glass.

Para fazer a transição mais suave, Woods diz a seus clientes para imaginar passando por cima de um limite quando um colega de trabalho se aproxima deles quando estão concentrados. “Propositalmente fazer exatamente o oposto”, ela diz, conscientemente abrir suas palmas, sorrir e relaxar seu rosto.

E se você não pode girar em uma expressão mais relaxada porque você está concentrado muito intensamente, Glass sugere procurar um lugar privado para trabalhar.

Ser muito casual

Os lugares de trabalho modernos podem ser bem casuais – de códigos de vestir relaxados, para culturas que encorajam a socialização.

Mas presumir que o modo de se vestir e arrumar não importa é um grande erro, de acordo com Navarro. “Há uma falsa suposição de que se nós nos vestimos, vamos ser tratados e respeitados da mesma maneira”, ele diz, ou emitir o mesmo nível de confiança como quando nós estamos bem arrumados”.

Isso não significa que você deve optar por usar um terno quando os outros estão de jeans esporte. “Você pode ter roupas casuais realmente boas”, ele diz, mas sujeira ou trajes mal ajustados são inapropriados não importa quão casual a cultura do seu escritório é.

E as ramificações de ser muito casual se estendem a como você se porta no lugar de trabalho, diz Wood. Ela viu muitas pessoas andarem nos corredores em um ambiente corporativo “como se elas estivessem em suas casas, em seus pijamas”. Apesar das crescentes atmosferas casuais nos lugares de trabalho, “nós esquecemos que nosso cérebro ainda lê as pessoas muito do mesmo modo”, diz Wood.

Olhar para baixo ou não fazer contato visual

Mesmo em um mundo dominado pelos smartphones, o contato visual importa. Não olhar as pessoas nos olhos causa aos ao redor de você pensar, “’eu não sei como envolver-me com essa pessoa’, ou ‘eu estou muito ocupado para me envolver com essa pessoa ‘”, explica Wood.

Manter o seu queixo para baixo ou olhar para o chão faz você parecer inseguro, triste e mostra uma falta de confiança, de acordo com Glass.

Se o seu telefone está causando você olhar para baixo ou evitar contato visual, lute contra o desejo de checa-lo constantemente na presença de mais alguém, diz Navarro. “O argumento ‘bem, todo mundo faz isso’ não faz isso ok”, ele diz. “Pessoas que não valorizam você fazem isso”.

E se você está passando por alguém em uma área comum do escritório, Wood sugere fazer aquele todo importante contato visual, levemente levantar suas sobrancelhas e sorrir. “Isso faz as outras pessoas se sentirem seguras e sinaliza que você é amigo,” ela diz.

Cruzar os seus braços

Wood também diz que as pessoas devem ter cuidado com o que ela chama de pistas “fechadas”, tais como cruzar os seus braços sobre o seu peito, virando seu torso longe de alguém, enquanto ele ou ela está falando, ou colocar objetos entre você e a pessoa com quem está falando. Mesmo se suas pernas ou braços cruzados não tem nada a ver com a pessoa que está se apresentando em uma reunião, isso manda sinais de que “você está apenas parcialmente envolvido, ou você está fingindo estar envolvido”, ela diz. “Quando as janelas de alguém estão fechadas nós, não nos sentimos tão confortáveis em uma interação”.

O conserto? Wood diz para você se assegurar de que o seu corpo está orientado na direção da pessoa com quem você está interagindo. Por exemplo, não tenha seu rosto virado na direção de um colega de trabalho, quando o resto do seu corpo está alinhado com a saída.

Ficar muito perto das pessoas

A maioria das pessoas precisam de muito mais espaço pessoal do que você pode pensar, de acordo com Navarro. Não apenas ficar muito perto das pessoas as deixa desconfortáveis, ele diz, mas isso também diminui sua habilidade de causar uma boa impressão ou transmitir seu ponto de vista.

As preferências de espaço pessoal podem variar de pessoa para pessoa – e até entre diferentes culturas. Então, como determinar quão perto você deve ficar de alguém? “Incline-se para frente e aperte as mãos, então dê um passo atrás de modo que você fique a quatro pés de distância”, Navarro diz. “Se a pessoa está confortável, vai ficar ali”, e se quiser ficar mais perto, “vai dar um passo à frente, ou vai se angular na sua direção”.

E se você não está seguro de outros limites de linguagem corporal que você possa estar cruzando, pergunte a amigos ou colegas de confiança por feedback, sugere Navarro. Outra boa estratégia é identificar pessoas que você admira – seja no lugar de trabalho ou líderes famosos – que se portam bem, e tomar notas de seus hábitos. Acima de tudo, “a vida é um teatro”, diz Navarro, e estar ciente de como você próprio se apresenta pode ser vital para progredir no trabalho.

Fonte: time.com

Tradução: Luciana Cristina Ruy

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