PUBLICADO EM 21 de abr de 2018
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115 anos depois, Tiradentes seria outra vez condenado

 

No Brasil onde a traição nacional e à democracia prevalecem, os descendentes do herói republicano são os que lutam pela nova independência.

O feriado de hoje (21 de abril) tem uma dupla conotação: homenageia a memória de Tiradentes, herói da Independência, da República e da nação. E lembra a traição de Joaquim Silvério dos Reis, que levou à prisão, condenação e morte do herói do povo brasileiro.

Onde estão hoje os descendentes de Tiradentes, que defendem a nova luta pela independência? Onde se ocultam os silvérios dos reis que traem o povo e a nação?

Tiradentes pagou o alto preço por sonhar com um Brasil livre, republicano, desenvolvido e autônomo, livre da dominação externa.

Silvério dos Reis é símbolo da traição e da subordinação ao colonialismo, ao domínio de potências externas (que, na época, era Portugal), e do benefício privado de seus interesses escusos (vendeu-se em troca do perdão das dívidas que tinha com a Coroa).

A história ocorreu faz mais de dois séculos. Tiradentes foi enforcado em 1792 e seu corpo, esquartejado, fertilizou o solo da liberdade pátria.

A ignomínia de Silvério dos Reis foi completa e nem em Minas Gerais pode mais morar após sua ação vil, rejeitado pelo povo que condena dos traidores. O opróbrio cobriu sua memória ao longo dos séculos e seu nome virou sinônimo de traidor.

Luta semelhante ocorre em nossos dias, quando descendentes de Tiradentes foram afastamento do poder pelo golpe iníquo e ilegal promovido pelos descendentes de Silvério dos Reis que cometem, em nosso tempo, ignomínia semelhante à feita 226 anos atrás. Subordinam a nação ao domínio estrangeiro e ao arbítrio de seus aliados internos, a oligarquia financeira cujos representantes assaltaram o poder e os cofres públicos.

A luta se repete e, fosse vivo, Tiradentes enfrentaria outra vez a condenação e mesmo a morte, pelos traidores do povo e da Pátria, os descendentes de Silvério Reis que sobrevivem na classe dominante e na oligarquia golpista.

José Carlos Ruy, jornalista

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