PUBLICADO EM 02 de abr de 2019
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Cinemark diz ter errado ao exibir filme pró-ditadura militar

A rede Cinemark disse, nesta segunda-feira, que foi um “erro” a projeção de “1964, o Brasil entre armas e livros” em salas da rede, no dia 31/03, quando completaram-se 55 anos do golpe militar. Isso porque o documentário é tido como defensor da ditadura.

Sala de cinema do Cinemark Iguatemi, no Shopping Iguatemi.

A rede relatou, segundo reportagem de O Globo, que aluga suas salas para eventos e as sessões de “1964” eram fechadas para convidados. Entretanto, em comunicado publicado nas redes sociais, afirmou que não permite a utilização das salas para eventos de cunho político. Alega que, por um “erro de procedimento em função do desconhecimento prévio do tema do evento”, acabou permitindo “equivocadamente a realização do mesmo.” Tal alegação enfureceu os defensores do filme, que emplacaram o termo #BoicoteCinemark entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.

O trailer, divulgado em fevereiro, não menciona quem dirigiu a obra; apenas que é “uma produção original Brasil Paralelo”, produtora criada em 2014, através da iniciativa 100% privada.

O documentário, que chegou a ser exibido simultaneamente em sete cidades, estreia no YouTube nesta terça-feira, ainda segundo a produtora. Entre os entrevistados, estão o ideólogo de direita Olavo de Carvalho, o jornalista William Waack e o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança, herdeiro da família real brasileira.

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