Apesar de ter os mesmos problemas encontrados em outros campos da Petrobrás, na Bahia, os Parques Recife, São Paulo e São Sebastião, localizados nas cidades de Pojuca, Candeias e São Sebastião do Passé, respectivamente, não tiveram suas atividades paralisadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como aconteceu com todos os campos de produção de petróleo e gás do Polo Bahia Terra.

A ANP notificou a Petrobrás na segunda-feira (12), dando um prazo de 72 horas para que a estatal paralisasse todas as suas atividades em seus campos de produção de petróleo e gás na Bahia, após uma auditoria feita pela Agência na UN-BA (Unidade de Negócios da Petrobrás na Bahia) ter encontrado problemas e irregularidades.

No entanto, apesar dos três Parques da Petrobrás fazerem parte da UN-BA, eles não foram sequer auditados. Para o Sindipetro, a ANP agiu de forma seletiva para não prejudicar as empresas privadas que dependem desses Parques para que o petróleo que produzem seja tratado e escoado para a Refinaria de Mataripe.

A PetroReconcavo, 3R Petroleum, Alvopetro, Nova Petroleum, Amarra e Origem, são algumas das empresas que comercializam o óleo bruto com a Petrobrás. O óleo vai para a Estação Recife, que bombeia para a Estação São Sebastião, que bombeia para a Estação São Paulo, que, por sua vez, bombeia para a Acelen.

“Para não prejudicar as empresas privadas, a ANP deixou de fora esses Parques. Então, quer dizer, que foi uma auditoria seletiva”, acusa o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa.

O sindicalista vê com estranheza “o fato da ANP, um órgão público, agir em favorecimento às empresas privadas, prejudicando a Petrobrás, que também é uma empresa pública”.

Radiovaldo frisa que “o problema que existe em Caboatá, estação que foi autuada pela ANP, é o mesmo que tem nos Parques. Então, Por que os parques não foram auditados?”, indaga.

Fonte: Sindipetro Bahia