PUBLICADO EM 23 de jan de 2019
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Quando a ‘Andorinha Preta’ cruzou a fronteira da selva amazônica

Além de “Linda Nena”, Juaneco y Su Combo também transformou “Mulher Rendeira/Mujer Hilandera” em uma das cumbias mais famosas do Peru.

por Fernando Rosa

A cumbia peruana incorporou várias músicas brasileiras no repertório de grupos nacionais, desde os anos setenta. Seja pelas conexões de fronteira, ou pela mão de produtores, especialmente Alberto Maravi, da gravadora Infopesa. Uma delas é “Linda Nena” (de compacto com “Cumbia Samba” no lado b), com o grupo Juaneco y Su Combo, natural de Pucalpa, na fronteira com o Acre, no Brasil.

A música “Linda Nena” é versão para “Andorinha Preta”, mais conhecida pela regravação do Trio Irakitan, acompanhado por Eliana Macedo, em 1956. Uma toada-embolada de autoria de Breno Ferreira, foi gravada inicialmente pelo próprio autor, em 1932. Hebe Camargo, o norte-americano Nat King Cole, Wilson Simonal e Nara Leão também gravaram a música.

Além de “Linda Nena”, Juaneco y Su Combo também transformou “Mulher Rendeira/Mujer Hilandera” em uma das cumbias mais famosas do Peru. O grupo é um dos mais importantes da cumbia amazônica, com forte influência da cultura da região que abrange, especialmente, Peru, Colômbia e Brasil. Seus discos foram relançados pela gravadora Infopesa.

Fernando Rosa é jornalista, produtor cultural, editor do portal Senhor F e colaborador do site Rádio Peão Brasil

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