PUBLICADO EM 29 de nov de 2018
COMPARTILHAR COM:

Desemprego cai para 11,7%, mas ainda atinge 12,4 milhões, diz IBGE

Segundo dados do Dieese, informalidade cresceu graças a criação de postos de trabalho para atuar nas eleições. Além disso, o órgão destacou que a taxa está recuando sustentada por vagas abertas no setor informal, sem carteira de trabalho assinada

Foto: Reprodução

O desemprego no país foi de 11,7%, em média, no trimestre encerrado em outubro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice caiu em relação ao trimestre anterior (12,3%) e também na comparação com o mesmo período do ano passado (12,2%).

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,4 milhões de pessoas. Isso representa queda de 4% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve recuo de 3,1%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

Informalidade continua crescendo
De acordo com o IBGE, a queda no desemprego está ligada à criação de postos de trabalho para atuar nas eleições.

Além disso, o órgão destacou que a taxa está recuando sustentada por vagas abertas no setor informal, sem carteira de trabalho assinada.

Os empregados com carteira de trabalho não dão nenhum sinal de aumentar. O que aumenta são os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria, principalmente sem CNPJ
Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE

A quantidade de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 4,8% em relação ao trimestre anterior, chegando a 11,6 milhões de pessoas (aumento de 534 mil ocupados). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 5,9%, ou 649 mil pessoas a mais.

Já o número de trabalhadores por conta própria cresceu 2,2%, alcançando 23,6 milhões de pessoas (497 mil a mais que no trimestre anterior). Frente ao mesmo período do ano anterior, o indicador também apresentou elevação, de 2,9%, representando mais 655 mil pessoas.

Recuperação lenta
O mercado de trabalho vem mostrando dificuldade de recuperação diante do crescimento da economia.

Pesquisa Focus mais recente do Banco Central, que ouve cerca de uma centena de economistas toda semana, mostrou que as expectativas para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano estavam em 1,39%.

Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo Ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Fonte: Portal UOL

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS