PUBLICADO EM 28 de out de 2020
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Comerciários de Ipatinga têm reajuste salarial de 3,89%

A Convenção que regulamenta os direitos dos comerciários tem vigência de dois anos. Mas é pactuado entre os sindicatos que, anualmente, próximo à data-base, os representantes dos empregados e dos patrões se reúnem para negociar um adendo de reajuste dos itens econômicos.

Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho que permite o reajuste foi assinado na sexta-feira

O piso salarial do comércio passa a ser R$ 1.240 no mês de outubro. Já os empregados que recebem acima do piso salarial devem ter reajuste de 3,89%. O reajuste foi concedido após o Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2019/2021 ser assinado, na manhã desta sexta-feira (23), pelo coordenador geral do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci), Aurélio Moreira e pelo presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes, representando a classe patronal.

Apesar de a assinatura ter sido feita no dia 23, todos os direitos previstos no Termo Aditivo são retroativos a 1º de outubro, que é a data-base dos comerciários de Ipatinga. O adendo na íntegra está disponível aqui.

O Seci também informa que, além do aumento salarial, todas as cláusulas econômicas da CCT foram reajustadas com o mesmo percentual de 3,89%.

Quebra de caixa: R$ 96; Prêmio do comissionista: R$ 109; Abono (R$ 22,90 por mês trabalhado): R$ 274,80; Bonificação de casamento: R$ 255; Programa assistencial de óbito: R$ 17.660 e Lanche diário: R$ 5,80.

Processo de negociação

A Convenção que regulamenta os direitos dos comerciários tem vigência de dois anos. Mas é pactuado entre os sindicatos que, anualmente, próximo à data-base, os representantes dos empregados e dos patrões se reúnem para negociar um adendo de reajuste dos itens econômicos. Este ano, a negociação iniciou em 31 de julho quando o Seci entregou ao Sindcomércio um ofício reivindicando 7% de reajuste. Depois disso, as entidades se reuniram várias vezes. Devido à falta de consenso prorrogaram a data-base duas vezes até chegarem a esse percentual de 3,89%, detalhou o Seci.

Ainda conforme o Seci, esse aumento é equivalente à inflação dos últimos doze meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo IBGE. Para o representante dos trabalhadores, Aurélio Moreira, apesar de repor o poder de compra, esse reajuste ainda está longe do ideal que o Seci busca para os comerciários. Ele destaca que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que em setembro deste ano o salário mínimo necessário deveria ser R$ 4.892,75. “Esse valor é mais de três pisos salariais do comércio. É claro que a situação estaria pior se nós, comerciários, não tivéssemos um sindicato, porque os nossos reajustes seriam conforme o aumento do salário mínimo. Segundo o projeto de orçamento 2021 do governo federal, o salário mínimo deve subir para R$ 1.067, ou seja, um reajuste de 2,09%. Então, ainda há muito o que conquistar. O Seci não está satisfeito e, por isso, continua a luta por salário digno e trabalho decente”, afirmou.

Fonte: Diário do Aço

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