PUBLICADO EM 29 de out de 2020
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Após cinco meses de altas consecutivas Índice de Confiança de Serviços da FGV recua

Houve queda do ICS em 6 dos 13 segmentos pesquisados. As avaliações sobre o momento atual melhoraram enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram em outubro, interrompendo sequência de cinco meses de alta

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getúlio Vargas, recuou 0,4 ponto em outubro, para 87,5 pontos, após cinco meses de altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice apresenta alta de 2,8 pontos.

Após cinco meses em recuperação, a confiança do setor de serviços acomodou em patamar abaixo do observado antes da pandemia. Apesar do aumento no volume de serviços em outubro, a piora das expectativas foi fator determinante para queda da confiança no mês. A grande cautela dos consumidores e a incerteza sobre a evolução da pandemia sugerem que o setor ainda enfrentará dificuldades para retornar ao ritmo de recuperação observado do início do ano”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Houve queda do ICS em 6 dos 13 segmentos pesquisados. As avaliações sobre o momento atual melhoraram enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram em outubro, interrompendo sequência de cinco meses de alta. O Índice de Situação Atual (ISA-S) aumentou 2,6 pontos, para 79,5 pontos, mantendo tendência crescente iniciada em maio. O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, caiu 3,2 pontos, para 95,7 pontos, voltando a se situar abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços cedeu 0,5 ponto percentual para 81,3%.
Indicador de Desconforto

Além da alta pontual, o Índice de Situação Atual (ISA-S) também mantém a trajetória positiva na série em médias móveis trimestrais. Depois de despencar no segundo trimestre, houve uma recuperação do índice, mas ainda parcial, abaixo do patamar de fevereiro (último mês antes da pandemia). No mesmo período, o Indicador de Desconforto (composto pela média das parcelas padronizadas demanda insuficiente, taxa de juros, problemas financeiros, pandemia, fatores políticos e econômicos como limitações a melhoria dos negócios) obteve trajetória semelhante. “Nos últimos meses o desconforto parece diminuir para os empresários mas ainda existe um longo caminho para voltar ao patamar do início do ano”, completa Tobler.

FGV Ibre 

Confiança da indústria tem sexta alta consecutiva

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