PUBLICADO EM 12 de ago de 2020
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Trabalhadores dos Correios fecham data para assembleia virtual unificada da categoria

A FINDECT e o SINTECT-SP participaram de reuniões com dirigentes da FENTECT e contataram a Adcap em busca de consenso no encaminhamento da luta e da unidade.

O esforço é necessário. Desde o ano passado a direção da empresa deixou claro que seu objetivo é destruir o Acordo Coletivo. É imprescindível unir a categoria na batalha para manter os benefícios e direitos conquistados em dezenas de anos de negociações e lutas, muitos deles vindos como compensação aos baixos salários.

Dificuldade para organizar

As assembleias serão por videoconferência, porque seguem proibidas atividades com aglomeração, como ocorrem nas assembleias da categoria nos locais de maior concentração de trabalhadores, que chegam a reunir 5 mil pessoas.

Em meio à pandemia, é muito difícil para os Sindicatos informar, organizar e mobilizar a categoria por causa das restrições impostas pelo estado de emergência. Por si só, esse já seria motivo suficiente para a direção da ECT prorrogar o acordo até final do período de emergência. Mas ela insiste em se aproveitar da situação para atacar a categoria.

O motivo da persistência das limitações a aglomerações está na taxa de contaminação por coronavírus, que continua crescendo, o que levou inclusive a prefeitura e o governo de São Paulo, bem como de outras localidades, a adiarem em mais um mês a reabertura das escolas, antes prevista para 08 de setembro.

Julgamento no STF

O esforço das lideranças sindicais da categoria pela unidade e o consenso em torno da assembleia no dia 17 foram importantes, porque o STF marcou para iniciar no dia 14 de agosto o julgamento do processo aberto pela ECT. A direção da ECT tentou melar o julgamento, com pedido de cancelamento ao Ministro Dias Toffoli, que manteve a data.

Em outubro de 2019, a direção da ECT apelou ao STF para derrubar a cláusula de validade do atual dissídio até agosto de 2021. O STF concedeu liminar à ECT e agora, no julgamento do mérito pelo STF, a partir de 14 de agosto, se o pedido da ECT não for acatado, a validade por dois anos está mantida e a negociação do Acordo ocorrerá somente em 2021.

No dia 17 de agosto, com o julgamento no STF em andamento, a categoria terá condições de tomar uma decisão nas assembleias, e pode decidir pela greve para combater os ataques da direção da em-presa, que ameaça retirar 70 das 79 cláusulas do Acordo Coletivo, reduzindo os rendimentos médios dos ecetistas à metade.

Isso não será engolido pela categoria e seus Sindicatos. Mas ninguém vai entrar no jogo da direção da empresa e queimar na largada. Vamos unidos à luta na hora e do jeito certo!

Fonte: Sintect-SP

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