PUBLICADO EM 08 de abr de 2022
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Trabalhadores da Avibras decidem manter greve por tempo indeterminado

Foto: Roosevelt Cássio

Os trabalhadores da Avibras, em Jacareí, decidiram dar continuidade à greve iniciada ontem, que a princípio seria de 24 horas, e mantê-la por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, nesta quinta-feira (7), para pressionar a direção da fábrica a reintegrar os funcionários que haviam sido demitidos e a pagar os salários que estão atrasados.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, protocolou, na quarta-feira (6), na 1ª Vara do Trabalho de Jacareí, um comunicado de descumprimento de decisão judicial pela Avibras.

A empresa está sendo denunciada por ter enviado aos trabalhadores reintegrados mensagens referentes ao cálculo de verbas rescisórias. Foram duas mensagens: a primeira por email e a segunda pelo aplicativo Whatsapp, ambas depois da expedição da liminar que suspendeu as 420 demissões feitas no dia 18 de março.

Antes da decisão judicial, a Avibras havia informado que o pagamento das verbas rescisórias seria condicionado ao plano de recuperação judicial.

O Sindicato também pediu à Justiça o aumento da multa a ser aplicada à Avibras, por descumprimento da decisão judicial. Na liminar do dia 3 de abril, o juiz Adhemar Prisco da Cunha Neto determinou uma multa diária de R$ 100 por trabalhador não reintegrado.

Calote
Esta é a terceira greve deflagrada pelos trabalhadores da Avibras, desde o anúncio da demissão em massa. A mobilização também está sendo motivada pelo atraso no pagamento dos salários de quem continua na fábrica. Os funcionários deixaram de receber 30% do adiantamento do salário de março.
Diante da gravidade da situação, os metalúrgicos reivindicam que a empresa receba o Sindicato para negociar uma alternativa às demissões. A proposta da entidade é a abertura de layoff ou Programa de Demissão Voluntária (PDV), caso se confirme a crise financeira na Avibras. O pedido de recuperação judicial protocolado pela empresa ainda não foi deferido pela Justiça.

“A greve está confirmando o poder de mobilização e a solidariedade dos trabalhadores. Todos seguem com muita disposição de luta e assim continuará até que a reintegração seja cumprida e todos retornem para a fábrica”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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