PUBLICADO EM 21 de mar de 2019
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Sindicalismo reforça atuação na Frente Parlamentar em Defesa da Previdência

Lançada em Brasília nesta quarta (20) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. O evento, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara, teve também forte presença das entidades sindicais de trabalhadores.

Foto: Arquivo

A Frente já conta com assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. O lançamento reforça o protesto nacional desta sexta (22) contra a emenda à Constituição e promete oposição ao projeto que ataca direitos e conquistas. Junto com o lançamento aconteceu o Seminário “PEC 06/2019: O desmonte da Previdência Social Pública e Solidária”.

Sindicalismo – Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, compareceu e falou à Agência Sindical. “Muitos sindicalistas, de diversas categorias, estiveram presentes. A meta da Frente é barrar a aprovação da reforma”, afirma. “Um dos pontos que defendemos é o movimento ir às bases. É preciso conscientizar os trabalhadores e também obter o apoio da sociedade”, explica Artur.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, falou das maldades da PEC, principalmente para as mulheres. “A proposta ataca duramente as trabalhadoras. Além de uma jornada dupla, e às vezes até tripla, elas terão de trabalhar e contribuir por mais tempo e vão receber menos. É isso que temos de mostrar para a população”, destaca.

Para Édson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, “a reforma só irá atender meia dúzia de empresários milionários”. E mais: “Essa proposta desemprega e tira um trilhão de reais da economia”.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, denuncia que visam transformar o povo em escravo. “Querem um genocídio, como estão fazendo no Chile”, denuncia.

Antônio Neto, presidente da CSB, citou a propaganda enganosa que o governo Bolsonaro e equipe econômica difundem na mídia. “Precisamos desmentir a narrativa do governo de que a Previdência é insustentável. É mentira!”, afirma.

Parlamentares – A Frente é coordenada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado André Figueiredo (PDT-CE). Paim destaca a composição ampla. “Temos mais de 100 entidades colaborando para que esse ato aconteça. A Previdência não é do sistema financeiro, é do povo brasileiro”, diz. O senador citou encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux: “O vice-presidente do STF disse que Seguridade é cláusula pétrea e não pode ser retirada da Constituição”, conta.

Durante todo o dia, especialistas debateram com parlamentares e sindicalistas os pontos que retiram direitos de trabalhadores, mulheres, aposentados e pensionistas.

Mais informações: www.frenteparlamentardaprevidencia.org
www.vermelho.org.br

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