PUBLICADO EM 30 de set de 2021
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Santos: ‘Vereadores carrascos do funcionalismo e inimigos da população’, diz sindicalista

Na foto (g1), galeria da câmara, na terça-feira, quando projeto previdenciário do prefeito Rogério Santos foi aprovado

Os 15 vereadores que votaram a favor da reforma previdenciária do prefeito de Santos, na terça-feira (28), são “carrascos do funcionalismo, inimigos dos serviços públicos e enganadores da população”.

A crítica é do presidente do sindicato dos 12 mil servidores municipais estatutários e 4 mil aposentados de Santos (Sindest), Fábio Pimentel, que promete grande campanha contra os parlamentares.
O projeto de lei complementar (plc) 30-2021, do prefeito Rogério Santos (PSDB), foi enviado ao legislativo em 5 de agosto, com regime de urgência, para ser votado em 45 dias.
Violência e covardia
A segunda votação será nesta quinta-feira (30) ou na terça-feira (5), dependendo da pautação de 11 emendas da oposição apresentadas para minimizar os efeitos do projeto contra a categoria.
A medida aumenta o tempo de serviço para aposentadoria, reduz o valor do benefício, diminui as pensões de viúvas e dependentes e possibilita desconto de até 14% nos ganhos dos aposentados.
“É uma agressão violenta e covarde contra o funcionalismo”, diz Fábio. “A finalidade do prefeito e de seus vereadores é acabar aos poucos com os serviços públicos, em prejuízo da população”.
Obsceno vampirismo 
O sindicalista orienta os servidores a comparecerem em massa na câmara, na segunda votação. “Larguem o serviço no meio tarde e lotem a câmara municipal, desde as galerias até as ruas próximas”.
“Podem até cortar seu ponto. Mas o que isso representa diante do estrago que a aprovação definitiva desse projeto causará à categoria e suas famílias? Os aposentados e pensionistas também devem ir”, propõe Fábio.
“É preciso mostrar aos obscenos apoiadores do prefeito que, por mais esse vampirismo contra o funcionalismo, seus nomes serão lembrados pelo menos até a próxima eleição municipal”.
Muito amor pelas organizações sociais
O sindicalista recomenda que a população também participe, pois, segundo ele, “está sendo enganada e prejudicada com a substituição nefasta dos serviços públicos por organizações sociais”.
“O que levou os governistas a aprovarem essa aberração?”, pergunta o presidente do Sindest. “Amor pelos servidores e preocupação com o futuro da categoria? Claro que não. Os motivos são outros”.
“Por que eles defendem com tanta ênfase as organizações sociais que de forma crescente e repugnante empesteiam a cidade, em detrimento dos serviços públicos, em troca de altos lucros?”.
“O que há por trás dessa dedicação intensa dos sucessivos prefeitos e de seus aliados legislativos às organizações sociais? Amor pela cidade? Conta pra outro”, ironiza o dirigente.
A favor dos servidores
Na sessão desta semana, votaram contra o projeto e a favor dos servidores: Audrey Kleys (PP), Benedito Furtado (PSB), Chico Nogueira (PT), Débora Camilo (Psol) e Telma de Souza (PT).
Chico, Débora e Telma fizeram contundentes discursos contra a aprovação, sendo rebatidos, também com veemência, pelo vereador Rui de Rosis (PSL), líder do prefeito na câmara.
Contra os servidores
Votaram a favor do projeto e contra os servidores: Ademir Pestana (PSDB), Adilson Júnior (PP), Adriano Piemonte (PSL), Augusto Duarte (PSDB), Bruno Orlandi (DEM), Cacá Teixeira (PSDB), Fábio Duarte (Pode), Fabrício Cardoso (Pode), João Neri (DEM), Lincoln Reis (PL), Marcos Libório (PSB), Paulo Miyasiro (PRB), Rui de Rosis (PSL), Sérgio Santana (PL) e Zequinha Teixeira (PP). Roberto Teixeira (PRB) ausentou-se.

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