PUBLICADO EM 26 de set de 2018
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Rejeição a Jair Bolsonaro ganha força entre trabalhadores

São sete as centrais sindicais que assinaram manifesto defendendo eleições democráticas e dizendo não à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência pelo PSL.

Foto: O Vermelho

São elas Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Conlutas, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Sindical dos Trabalhadores (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Intersindical. No documento, as centrais se solidarizam ao ato deste sábado (29) #elenão, de mulheres contra Bolsonaro.

Confira o texto na íntegra.

Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro

Nós, sindicalistas brasileiros das mais variadas tendências, que apoiamos candidatos de diversos partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos o projeto fascista de Bolsonaro.

Repudiamos pela já conhecida postura do candidato contra a organização sindical, portanto, antitrabalhadores, por sua postura antidemocrática, intolerante com as minorias, que faz apologia da violência, e pela sua conivência com práticas repugnantes, como a defesa de torturadores.

Além disto, o repudiamos pelo seu já famoso machismo e misoginia. Sua postura em relação às mulheres tem provocado na sociedade uma forte onda de repulsa expressa em manifestações que pipocam nacionalmente. Nos solidarizamos com tais manifestações.

O horizonte que ele nos apresenta é o de um País marcado pela exploração do trabalhador, pela violência, pelo racismo, pela discriminação, pela repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional, pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na Constituição, e na ameaça de retorno à ditadura militar.

E nossa luta, como sindicalistas, é justamente o oposto disto: queremos um País com geração de empregos, trabalhadores valorizados e com poder aquisitivo, com licença-maternidade, férias, décimo-terceiro salário, com a PEC das domésticas, com aposentadoria e respeito aos aposentados, com a valorização dos servidores públicos, um país marcado pela convivência pacífica e produtiva entre pessoas das mais diversas raças, origens, gêneros e culturas. Queremos um Estado laico e, sobretudo, respeito às mulheres, respeito aos direitos sociais e democráticos garantidos pela Constituição, e a soberania nacional.

Por eleições democráticas e por dias melhores para o Brasil, conclamamos a que todos digam não a Bolsonaro!

São Paulo, 22 de setembro de 2018

 

Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

José Avelino Pereira, Chinelo, presidente interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

Moacyr Auersvald, secretário-geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

Edson Índio, secretário-geral da Intersindical

Nilza Pereira, Direção Nacional da Intersindical

Atnagoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Joaninha de Oliveira, Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Vagner Freitas, presidente da CUT

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT

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