PUBLICADO EM 28 de out de 2023
COMPARTILHAR COM:

Petroleiros se mobilizam em todo país pelo Acordo Coletivo

 

Petroleiros em mobilização nacional/Foto: Vítor Peruch, do Sindipetro Unificado

Petroleiros em mobilização nacional/Foto: Vítor Peruch, do Sindipetro Unificado

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) começou, a 0h desta sexta-feira (27), uma série de atos e eventuais paralisações em unidades da Petrobras.

O objetivo é pressionar a estatal a atender as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho.

os petroleiros querem também resolver questões estruturais, como a recomposição do efetivo e a retirada de subsidiárias do Programa de Privatização.

Na sexta-feira as manifestações aconteceram em refinarias e usinas termelétricas, em todo o país.

Na segunda-feira (30), as mobilizações vão ser feitas nas subsidiárias Transpetro, Petrobras Bio Combustíveis e TBG, a transportadora brasileira do gasoduto Brasil Bolívia.

Na terça-feira (31), os atos serão nas unidades administrativas e, finalmente, na quarta-feira, 1º de novembro, será a vez das áreas de produção e exploração, nas plataformas.

Decisão de assembleias

O movimento foi decidido em assembleias dos sindicatos realizadas nesta quinta-feira (26), que rejeitaram, pela segunda vez e por unanimidade, a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho, apresentada pela Petrobras.

Segundo Antony Devalle, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), dentre as reivindicações que a Petrobras não aceita negociar estão o plano de saúde, a reposição de 3,8% das perdas salariais passadas e de 3% de ganho real, além da equiparação das tabelas salariais das subsidiárias.

Petroleiros mobilizam-se pelo Acordo Coletivo Nacional

Petroleiros mobilizam-se pelo Acordo Coletivo Nacional

Atos e mobilizações nacionais

“Esses atos fazem parte da luta para obtermos um acordo, uma proposta, que venha da empresa que seja condizente com os anseios dos trabalhadores e que, com muita tranquilidade, a gente diz: é possível a empresa atender todos os pleitos dos trabalhadores. A empresa vem obtendo lucros em cima de lucros, recordes, e vem distribuindo aos acionistas somas fabulosas. Então, nada mais justo que, para os trabalhadores, que são quem produzem esse lucro, em última instância, que também tenha essa recompensa. Em parte [recompensa] financeira, mas grande parte [das demandas] são direitos que não têm tantos gastos envolvidos pela empresa, mas que são direitos muito importantes para os trabalhadores.”

O sindicalista lembrou que os trabalhadores da Petrobras estão em estado de greve, também aprovado nas assembleias, mas que acredita que as negociações com a Petrobras vão avançar sem a necessidade de uma greve.

Petrobras responde

Em nota, a Petrobras informou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo 2023/2025 com as entidades sindicais e que, até o momento, não foi notificada oficialmente sobre paralisações.

Reitera que segue aberta ao diálogo e fazendo todos os esforços para negociar o acordo coletivo, para garantir a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional.

Leia também: Seminário discute “os sindicatos e o Direito Coletivo do Trabalho”

 

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS