
Maria Auxiliadora, Maria Edna, Celina e demais dirigentes, com a Ministra do Trabalho em reunião do Fórum pela Autonomia Econômica
Aconteceu nesta terça e quarta-feira (20 e 21 de maio), em Brasília, uma reunião do “Fórum Permanente para Diálogo de Promoção de Estratégias de Fortalecimento de Políticas Públicas de Autonomia Econômica”, instituído pela Portaria nº 291, de 30 de outubro de 2023.
A reunião contou com a presença do Ministério das Mulheres, Ministério do Trabalho, Dieese, Fórum Nacional das Mulheres das Centrais Sindicais e representantes de Centrais Sindicais.
Temas em pauta
- Lei de Igualdade Salarial: próximos passos – com Luciana Nakamura (Ministério do Trabalho e Emprego);
- 3º Relatório de Transparência da Igualdade Salarial e o Guia de Negociação Coletiva (Ministérios das Mulheres e do Trabalho): principais dados – com Adriana Marcolino (DIEESE) e Maria Angélica (Ministério das Mulheres).
- Movimento pela Igualdade Salarial e Projeto de Formação em Negociação Coletiva: estratégias e iniciativas.
- V Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Muito trabalho
Representando a Força Sindical, Maria Auxiliadora (Sindicato dos Brinquedos de São Paulo), disse que o evento tratou de temas importantes, ela destacou a Lei de Igualdade Salarial, disse que foi uma oportunidade para as sindicalistas conhecerem a nova ministra, Márcia Lopes, e disse que o cumprimento da Lei demandará “muito trabalho dos sindicalistas”.
“Nós sindicalistas e o Ministério vamos ter muito trabalho para fazer cumprir a Lei de Igualdade Salarial. As Centrais Sindicais vão precisar ajudar nisso. Esta não é uma luta só das mulheres, é de todos! Garantir o equilíbrio salarial ajudará a promover o crescimento do país”, disse Auxiliadora.
Maria Auxiliadora no Fórum pela Autonomia Econômica
Maria Edna Medeiros (SINTETEL e FENATTEL), representou a UGT. Segundo ela:
“Vivemos hoje uma realidade em que muitas mulheres são arrimo de família e estão economicamente ativas, seja na formalidade, informalidade ou aposentadas. As responsabilidades familiares continuam, em sua maioria, recaindo sobre as mulheres, por uma questão cultural que ainda atribui as elas o papel de cuidadora”.
Maria Edna, à direita da foto, no Fórum pela Autonomia Econômica
Representando a CTB, participou do Encontro, a dirigente do Sindicato dos Professores (SINPRO) de Minas Gerais, Celina Arêas.

Celina Areas, à esquerda, com a Ministra e com representantes da Nova Central Sindical, no Fórum pela Autonomia Econômica
Cenário político favorável
Com um cenário político mais favorável à luta por igualdade e justiça para as mulheres, houve avanços importantes em várias pautas, como a aprovação da Lei da Igualdade Salarial.
Mas, Além da luta pela efetivação da Lei de Igualdade Salarial, também é urgente avançar na implementação da Política Nacional de Cuidados e pelas ratificações das Convenções 156 e 190 da OIT. Também é preciso traçar estratégias para as negociações coletivas, tomar como referência empresas com boas práticas na divulgação de relatórios de transparência salarial e refletir sobre novos caminhos e ações para superar os desafios que persistem.
Promover a igualdade de gênero é, acima de tudo, um passo essencial para a transformação sociopolítica e cultural do país. Neste sentido, é essencial valorizar empresas que adotam práticas inclusivas contribuindo para a construção de uma cultura de reconhecimento da contribuição das mulheres no mundo do trabalho e nos cuidados.
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