PUBLICADO EM 19 de set de 2018
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“Manter Selic inalterada é estagnar a economia e a criação de emprego”, diz Força

Após o Copom – Comitê de Política Monetária, do Banco Central, decidir por manter os juros básicos (taxa selic) em 6,5% ao ano pela quarta vez seguida, a Força Sindical emitiu nota mais uma vez criticando a decisão do Comitê do Banco Central.

De acordo com a Central, com a decisão de manter a taxa Selic inalterada os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) travam ainda mais a economia e a criação de empregos. “A Taxa Selic continua extremamente proibitiva, e o Brasil perde novamente a oportunidade de apostar no setor produtivo devido ao excesso de conservadorismo de quem dirige a economia no País”, diz o texto assinado pelo presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, e o secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves (Juruna).

Depois de vários cortes seguidos, Comitê do Banco Central tem adotado uma política de manutenção da taxa desde maio, e analistas acreditam que continuará assim até o final do ano.

Torres e Juruna, ressaltam que juros altos inibem o consumo, prejudicam a produção e, por consequência, a geração de emprego. “Somente a indústria paulista fechou cerca de 2.500 postos de trabalho em agosto”, alertam.

Os sindicalistas destacam ainda que o País tem ainda cerca de treze milhões de desempregados que, se somados aos desalentados e aos subocupados – que são os que gostariam de trabalhar mais horas por semana –, faltam perspectiva e trabalho para muito mais de trinta milhões de brasileiros.

No texto, os sindicalistas destacam que para o governo começar a promover, verdadeiramente, a retomada do desenvolvimento nacional baixar os juros a níveis aceitáveis é parte fundamental deste processo.

Os juros básicos tiveram cortes seguidos de outubro de 2016 até março deste ano, passando nesse período de 14,25% para os atuais 6,5%. O movimento foi interrompido em maio. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias  30 e 31 de outubro.

Confira a seguir a nota na íntegra:

Manter a Taxa Selic inalterada é estagnar a economia e a criação de emprego

A Taxa Selic continua extremamente proibitiva, e o Brasil perde novamente a oportunidade de apostar no setor produtivo devido ao excesso de conservadorismo de quem dirige a economia no País.

Juros altos inibem o consumo, prejudicam a produção e, por consequência, a geração de emprego. Aliás, somente a indústria paulista fechou cerca de 2.500 postos de trabalho em agosto.

Vale lembrar que o País tem ainda cerca de treze milhões de desempregados que, se somados aos desalentados e aos subocupados – que são os que gostariam de trabalhar mais horas por semana –, faltam perspectiva e trabalho para muito mais de trinta milhões de brasileiros.

Queremos que o governo tome a iniciativa de promover, verdadeiramente, a retomada do desenvolvimento nacional. E baixar os juros a níveis aceitáveis é parte fundamental do processo.

Só assim, a exemplo do que ocorre em outros países, vamos passar a ter um consumo mais acentuado, mais investimentos, mais empregos e renda.

Miguel Torres
Presidente interino da Força Sindical

João Carlos Gonçalves, Juruna
secretário-geral da Força Sindical

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