PUBLICADO EM 06 de ago de 2020
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Latam vai demitir 2,7 mil trabalhadores pela internet até o dia 14

Após mais uma reunião de conciliação no Tribunal Superior do trabalho (TST) sem acordo com os aeronautas, que não querem negociar redução permanente dos salários, a Latam anunciou que vai demitir 2,7 mil, ou 38% da equipe, de cerca de 7 mil trabalhadores, entre pilotos, copilotos e comandantes nos próximos dias.

Foto: reprodução

A empresa alega que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fragilizou as finanças e dificultou até os processos de desligamento, que serão feitos de forma online.

A proposta da Latam de um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que previa redução de jornada e salários temporária e, depois, a implementação de um novo modelo de remuneração, na prática, a redução permanente dos salários, foi rejeitada duas vezes pelos trabalhadores em assembleias virtuais realizadas pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Tanto a Gol quanto a Azul redução jornadas e salários apenas enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Mas, a Latam alega que paga uma remuneração maior do que seus concorrentes no Brasil e que o pleito, anterior à pandemia, ganhou prioridade agora.

Como estabelece a convenção coletiva da categoria, a empresa foi obrigada a abrir um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e só depois iniciar as demissões. O processo de adesão ao PDV terminou nesta terça-feira (4) e os desligamentos ocorrerão entre esta sexta-feira (7) e a próxima, dia 14.

De acordo com o Estadão/Broadcast, a Latam foi a mais prejudicada entre as companhias no Brasil com o isolamento social e o fechamento de aeroportos em todo o mundo para conter a disseminação do novo coronavírus. Isso porque, a área tinha mais atuação no mercado internacional. As decolagens diários do Brasil caíram de 750 voos por dia para apenas 30 no auge da crise, em abril.

Fonte: Redação CUT

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