PUBLICADO EM 07 de dez de 2020
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Governo de SP iniciará vacinação contra coronavírus em 25 de janeiro

Por conta dos embates políticos, o governo de São Paulo já vinha anunciando planos alternativos para vacinar a população do estado, caso a vacina não seja incorporada ao Programa Nacional de Imunização.

Coronavac. Foto: Governo SP

O Governador paulista lançou nesta segunda-feira (7) o Plano Estadual de Imunização contra o coronavírus. A campanha está prevista para começar no dia 25 de janeiro, com prioridade para profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais e grupos indígenas e quilombolas na primeira etapa. Além disso, o plano é que São Paulo disponibilize 4 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan para outros estados.

A expectativa é que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas na primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses. O público-alvo prioritário abrange trabalhadores na linha de frente de combate à COVID-19, indígenas e quilombolas e também a faixa etária com maior índice de letalidade por COVID-19 – 77% das mortes provocadas pelo coronavírus até agora são de pessoas com mais de 60 anos.

A campanha será coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde e implementada em parceria com as 645 prefeituras de São Paulo.

O cronograma estipula cinco etapas de vacinação a partir do início da campanha (confira as datas abaixo). Até o fim de março, o Governo de São Paulo estima que quase 20% dos 46 milhões de habitantes do estado estejam imunizados com duas doses da CoronaVac e conta com a rápida aprovação da vacina do Butantan pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A CoronaVac é desenvolvida em parceria internacional entre o Instituto Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech. O resultado da fase 3 com o índice de eficácia do imunizante deve ser divulgado na próxima semana.

Estudos clínicos já demonstraram que 94,7% dos voluntários não tiveram evento adverso. Dos que apresentaram alguma reação, 99,7% relataram sintomas de baixa gravidade, como dor no local da injeção e dor de cabeça leve. Artigo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina do Butantan produziu resposta imune em 97% dos participantes dos estudos.

Governo federal

Já o governo federal divulgou em 1° de dezembro, estratégia “preliminar” para a vacinação no país. No calendário apresentado, a CoronaVac não é citada pelo Ministério da Saúde.

A vacina está na fase final de testes e já tem previsão de distribuição no Brasil. Mas, embora em outubro, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, tenha anunciado em uma reunião virtual com mais de 23 governadores, a compra do imunizante, menos de 24 horas depois, a aquisição foi desautorizada pelo presidente Jair Bolsonaro.

No dia 2, a Anvisa disse que irá aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 solicitem o “uso emergencial” no Brasil e divulgou os requisitos para o pedido.

O “uso emergencial” é diferente do “registro sanitário”, que é a aprovação completa para uso de um imunizante. O registro definitivo depende de mais dados e da conclusão de todas as etapas de teste da vacina.

Por conta dos embates políticos, o governo de São Paulo já vinha anunciando planos alternativos para vacinar a população do estado, caso a vacina não seja incorporada ao Programa Nacional de Imunização.

CRONOGRAMA COMPLETO DO PLANO ESTADUAL DE IMUNIZAÇÃO CONTRA O CORONAVÍRUS EM SP

– 25 de janeiro a 28 de março

– 9 semanas de duração

– 18 milhões de doses

– Duas aplicações por pessoa, com intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose

Cronograma de vacinação:

Dose 1
25/01 Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas
08/02 Pessoas com 75 anos ou mais
15/02 Pessoas com 70 a 74 anos
22/02 Pessoas com 65 a 69 anos
01/03 Pessoas com 60 a 64 anos

Dose 2
15/02 Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas
01/03 Pessoas com 75 anos ou mais
08/03 Pessoas com 70 a 74 anos
15/03 Pessoas com 65 a 69 anos
22/03 Pessoas com 60 a 64 anos

Com informações de Governo de São Paulo e G1

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