Os trabalhadores do setor de trigo estão em greve contra a resistência dos patrões, que insistem em desvalorizar a categoria. Após meses de negociação sem avanços, a paciência acabou, avaliam as lideranças sindicais.
“Negociações foram difíceis e até mesmo a justiça foi acionada, mas agora a solução é por meio da greve, talvez assim o patronal entenda”, esclarece Paulo Viana (Paulão), presidente da Fitiasp.
De acordo com Paulão, desde novembro de 2024, a FITIASP busca um reajuste justo para salários e benefícios, mas os patrões seguem enrolando e negando condições dignas.
Na última quinta-feira (13), o estado de greve foi oficialmente declarado e, pressionados, os patrões pediram uma audiência de conciliação no TRT. No entanto, a proposta patronal ficou muito abaixo das necessidades da categoria.
Durante a audiência, a direção da FITIASP deixou claro que não aceitará migalhas.
O sindicato patronal manteve descontos abusivos nos benefícios e ignorou a reivindicação de aumento na PLR. É um desrespeito aos trabalhadores que movem essa indústria! Enquanto os lucros crescem, os salários seguem defasados e as condições de trabalho pioram.
Assembleias foram realizadas nos moinhos Anaconda, Correcta e Santa Clara para reforçar a mobilização. A decisão está tomada: se os patrões não apresentarem uma proposta digna, a greve será ampliada!
“A greve já começou e não tem volta”, ressalta o líder sindical.
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