PUBLICADO EM 11 de dez de 2017
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Encontro, em Duque de Caxias, reúne grafiteiros do Brasil e do exterior 

Grafiteiros participaram do 12º Meeting of Favela na Vila Operária, em Duque de Caxias, que se tornou uma grande galeria a céu aberto Tânia Rêgo/Agência Brasil

Terminou neste domingo (10), na Vila Operária, município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, a 12ª edição do Meeting of Favela (MOF), encontro de grafiteiros do Brasil e do exterior que começou na sexta-feira. O evento, que reuniu em média de 300 a 500 artistas por edição, é considerado o maior encontro do gênero na América Latina. “No sábado, no mural inicial, foram mais de 200 grafiteiros”, disse à Agência Brasil o idealizador do MOF, André Lourenço, o Kajaman.

“A ideia foi concentrar em um evento anual o pessoal do grafite, não só do Rio de Janeiro, mas de outros estados. O objetivo foi trazer para a Baixada Fluminense a coisa da integração, do grafite, introduzindo o município no cenário da arte urbana”, explicou Kajaman.

Este ano, participaram grafiteiros da França, Argentina e Japão, além de representantes de todo o Brasil”. Segundo Kajaman, tão logo terminar o evento deste ano, “aprendendo com os acertos”, os organizadores do MOF começam a planejar a edição de 2018.

A adesão às atividades é voluntária e cada artista traz seu próprio material. “É como se fosse o Natal da galera, uma comemoração. É um evento que lacra o calendário de eventos do Brasil”. O MOF faz parte do Mapa da Cultura do estado do Rio de Janeiro.

Renovação

Há três anos participando do MOF, o grafiteiro Igor Moreno da Silva atua na zona norte, onde mora, no bairro de Guadalupe, próximo a Madureira. Para ele, o Meeting of Favela é um “evento ótimo, porque além de você estar encontrando seus amigos de outros estados e países, é um momento de trocar ideias e experiências também com outras pessoas e não só com a comunidade, que é algo crucial. A gente vai para lá, rola uma troca máxima com a comunidade, porque os moradores querem renovar todo ano aquela pintura no muro. Para mim, é um momento mágico”, afirmou Igor.

O artista conta que já consegue viver do grafite, que é seu trabalho e fonte de renda. A preocupação é em relação a onde ele está colocando sua arte. “Tem que estar colocando ela nos lugares certos, conhecendo bastante gente para poder expandir o que você está fazendo”, disse.

Igor salientou que os grafiteiros que participam do MOF se dedicam também a passar adiante o que sabem. “A interação com os moradores é crucial. Você está passando a experiência que tem. É algo muito importante”, definiu.

Fonte: Agência Brasil

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