Mais de três mil condutores aprovam greve por tempo indeterminado, dia 10 / Foto: Arquivo
Segundo o Sincoverg (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas Próprias de Guarulhos e Arujá em São Paulo), o patronato oferece reajuste salarial abaixo da inflação e, ainda, quer aplicar o banco de horas e acabar com a PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados).
Orlando Maurício Jr. (Brinquinho), presidente do Sindicato, disse à Agência Sindical que desde 28 de fevereiro a entidade tenta negociar com as empresas. “Após uma proposta absurda, apresentada em março, houve mais duas reuniões. Conseguimos manter alguns itens da Convenção Coletiva. Na última mesa de negociações, em 27 de abril, os patrões vieram com a pauta que corta direitos e disseram que não existe espaço pra acordo”, explica.
O dirigente conta que patrões alegam queda no número de passageiros. Mas dados da Secretária Municipal de Trânsito e Transporte contradizem isso. Ele diz: “Em 2017 foram 11 milhões de passageiros. Em 2018, 13 milhões. Só nos três primeiros meses deste ano, 12 milhões. Esses números são oficiais e informados pelas próprias empresas”.
Brinquinho continua: “Os trabalhadores cumpriram a meta de 97% de viagens pra garantir o subsídio da Prefeitura. Portanto, não tem atraso no repasse. Então, não há por que querer retirar direitos”, argumenta.
A greve foi deliberada por assembleia na noite de segunda (6). Cerca de três mil trabalhadores aprovaram a paralisação para o dia 10 de maio. A categoria é composta de oito mil trabalhadores.
Carta – O Sindicato publicou Carta Aberta à População, que explica os motivos da greve e cita descaso com usuários e desrespeito à categoria. Diz o texto: “Mais uma vez querem colocar a culpa no trabalhador, como se fôssemos os responsáveis pela falta de gerenciamento das empresas.” Em outro trecho da Carta, os condutores prometem só retornar ao trabalho quando as empresas apresentarem proposta digna. “A partir do dia 10, à zero hora, entraremos em greve e só retornaremos com uma proposta decente a cada pai e mãe de família da categoria”.
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Mais informações: www.sincoverg.org.br
Fonte: Agência Sindical
