PUBLICADO EM 12 de set de 2023
COMPARTILHAR COM:

Motoboys pressionam por melhor acordo com empresas de apps

Entregadores fizeram mobilização em frente ao Ministério do Trabalho por melhor acordo com empresas de apps

Motociclistas de entrega e motofrete realizam ato em frente ao MTE por melhor acordo com empresas de apps – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Motoboys e motoentregadores fizeram, nesta terça-feira (12), mobilização em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília.

O ato foi para pedir que as empresas de aplicativos ofereçam remuneração mínima decente e condições dignas de trabalho, com diretrizes de saúde e segurança, para seus trabalhadores.

Luta por melhor acordo com empresas de apps

Os entregadores protestaram contra a demora na regulação do serviço e argumentam que a renda caiu em 53,60% depois da popularização dos aplicativos, de R$ 22,90 em 2013 para R$ 10,55 em 2023.

Na tarde desta terça-feira (12), ocorrem as últimas reuniões do grupo de trabalho (GT) instituído em maio pelo governo federal.

O objetivo foi debater a regulamentação das atividades de prestação de serviços, transporte de bens e de pessoas por meio de plataformas digitais.

O ministério deve se manifestar sobre o que foi acordado ao fim do dia.

O Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, a Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores e as centrais sindicais reivindicam os valores mínimos de R$ 35,76 para motociclistas e R$ 29,63 para ciclistas profissionais por cada hora de trabalho logada nos aplicativos.

Proposta das empresas muito aquém

Já a proposta das empresas varia de R$ 10,20 a R$ 12 para motociclistas e de R$ 6,54 a R$ 7 para ciclistas.

As empresas Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove – e Movimento Inovação Digital (MID) são representadas pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec).

Essas empresas, citadas acima, reúne mais de 150 empresas, entre elas, Mercado Livre, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, Rappi, OLX e euEntrego.

“As empresas de aplicativos continuam fugindo de suas responsabilidades sociais com milhões de entregadores em todo Brasil que na realidade não são autônomos e sim trabalhadores em situação de precarização e escravização”, argumentou a Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais, em comunicado.

De acordo a entidade, as propostas da Amobitec e MID também não contemplam as questões de segurança e saúde dos entregadores.

Para o dia 18 de setembro, os entregadores prometem paralisação em todo o país caso não haja melhora na proposta.

A Amobitec informou que vem apresentando documentos e propostas desde o início das discussões, incluindo modelos de integração na Previdência Social e valores de ganhos mínimos.

A entidade diz ainda que as empresas continuam abertas ao diálogo e à disposição das partes interessadas para criar um modelo regulatório equilibrado.

“Queremos buscar a ampliação da proteção social dos profissionais e garantir a segurança jurídica da atividade”, diz a Amobitec.

A mesa tripartite – formada por governo, empregadores e trabalhadores – tem até esta terça-feira como prazo final para chegar a um consenso.

Ganhos mínimos, indenização pelo uso dos veículos, previdência, saúde dos trabalhadores e transparência algorítmica estão na mesa de negociação.

com informações Agência Brasil

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS