PUBLICADO EM 23 de jul de 2018
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Sindicalistas debatem a participação dos trabalhadores no processo eleitoral em 2018

A Força Sindical realizou hoje, dia 23, um debate sobre as eleições 2018 e como pedir votos para eleger candidatos comprometidos com as causas dos trabalhadores. Compareceram dirigentes sindicais de diferentes categorias, como químicos, metalúrgicos, brinquedos, alimentação e têxteis, entre outros.

Foto: Arquivo

“Temos no Congresso Nacional vários grupos que defendem interesses, como os ruralistas, sindicalistas, evangélicos, armas, empresários, entre outros. São os chamados grupos de interesse. A luta é a busca do direito. A luta faz a lei. Para a luta fazer a lei, a eleição também é uma luta. O que cada um de vocês faz para pedir voto?”, indagou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força.

O presidente interino da Central, Miguel Torres, foi o primeiro a falar. “Já fazemos isso há muito tempo. Temos essa experiência. Em toda eleição sempre buscamos defender os interesses da categoria. Em alguns casos, os candidatos são vencedores e, em outros, perdedores. Faz parte do jogo. Defendemos nas fábricas a luta pela jornada de 40 horas semanais. Essa é uma luta que a gente sempre leva para convencer os trabalhadores da necessidade de ter mais representação no Congresso Nacional. Ter uma bancada respeitada para garantir direitos. A motivação é sempre em prol de uma pauta, que é específica para cada um: deputados estadual e federal, além de senadores, governadores e presidente. O objetivo é fortalecer uma bancada que tenha compromisso com os trabalhadores”.
Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Brinquedos, disse que a maioria das mulheres informa que não vai votar. “Só depois de muitos esclarecimentos é que elas ficam mais flexíveis”, explica.
Já Geraldino Santos Silva, secretário de Relações Sindicais, destacou que sempre queremos candidatos que defendam os direitos trabalhistas. “Mas é preciso mais: os parlamentares precisam defender os direitos institucionais, como a Lei Maria da Penha”, indagou.
Já Carlos Augusto dos Santos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, afirmou que é preciso ampliar o leque. O movimento sindical precisa ir nas feiras livres defender candidatos que tenham propostas nas áreas da educação, segurança e saúde.
Nilton Neco de Souza, presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, concorda que precisam ser realizados debates mais profundos. “Quando introduzimos os temas sobre as necessidades básicas das famílias dos trabalhadores, conseguimos eleger mais candidatos”, contou.
“O trabalhador passa a ser protagonista no voto”, lembra Adriano Lateri, ao dizer que é preciso manter a credibilidade do agente sindical. E Rodrigo Morais disse que é preciso renovar a esperança dos trabalhadores.
Sergio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos do Estado de S. Paulo, declarou que o momento exige muita cautela. “O pior é quando o sindicato diz que não vai se envolver na política este ano. “Mas precisamos alerta-los que tem muita gente se envolvendo na política contra os trabalhadores”.

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