PUBLICADO EM 30 de jan de 2024
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Desde 17 de dezembro, ônibus circula de graça aos domingos

Ônibus circula de graça aos domingos ajuda a população, mas a preocupação é que a medida TARIFA ZERO não prejudique os empregos

Desde 17 de dezembro, ônibus circula de graça nos domingosNa próxima eleição, inevitavelmente, tanto o prefeito atual Ricardo Nunes quanto seus adversários–terão de destrinchar frente ao eleitorado como pretendem viabilizar a medida TARIFA ZERO sem prejudicar os empregos dos cobradores e cobradoras.

Ônibus circula de graça aos domingos

Os profissionais estão preocupados com seus empregos se este modelo for ampliado para outros dias da semana.

“Até o momento foi implementado de forma parcial a gratuidade e a presença dos companheiros e companheiras permaneceram. Temos que discutir melhor esta modalidade, que teve aprovação da população, mas que tem criado muitas dúvidas e precaução na categoria que teme demissões em massa no futuro”, disse o presidente do Sindicato dos Motoristas SP, Edivaldo Santiago.

Edivaldo que liderou a luta contra o desemprego em dois momentos de mudanças estruturais no transporte – privatização da CMTC (Gestão Maluf) e reformulação do transporte na cidade (Gestão Marta Suplicy), junto com sua diretoria discutirá amplamente este tema no 8º Congresso dos Condutores com os participantes.

A ideia é aprovar um Plano de Ações específico para esta questão.

Em sua opinião, a Administração Municipal e empresários do setor, antes de tomarem qualquer decisão “desastrosa” que possa colocar em risco o sustento de milhares de profissionais, precisam “aprofundar” o debate de forma cautelosa com todos atores interessados.

“Não aceitaremos e nem permitiremos ser excluídos desta discussão. Os representantes destes profissionais precisam ser consultados e ouvidos”, diz.

O presidente defende outras prioridades, dentre elas:

  • a questão social que envolve a qualificação profissional;
  • a elevação do nível de escolaridade dos trabalhadores, trabalhadoras e seus familiares;
  • mais lazer e moradia;
  • a garantia das condições de trabalho e salários dignos.

Edivaldo afirma que a crise dos transportes coletivos não é um privilégio paulistano, e o que mais preocupa a categoria são os postos de trabalho, já que os candidatos a prefeito de direita e de esquerda defendem a gratuidade nos transportes.

Isso se o candidato à reeleição, Ricardo Nunes, não implementar a Tarifa Zero às pressas para ter vantagem na campanha.

Para o presidente esses pontos de interesses deságuam no Tarifa Zero.

Por ora, entretanto, a resposta é superficial e sem comprometimento do gestor e dos candidatos ao problema maior, ou seja, o transporte público e mobilidade urbana no geral, são geridos e financiados.

“Um dos grandes problemas do transporte público no Brasil é a falta de articulação. Enquanto sistemas de ônibus são pensados de um jeito, geralmente pelas prefeituras, os sistemas metroviários e ferroviários, em regra de responsabilidade dos governos estaduais, seguem por outros caminhos. E, no meio desse desencontro, ficam o povo e os trabalhadores e trabalhadoras”, comentou Edivaldo.

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