PUBLICADO EM 20 de out de 2017
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No Peru, Congresso aprova uso medicinal da maconha

Lei que autoriza “o uso medicinal e terapêutico do cannabis (maconha) e seus derivados” no país recebeu 67 votos a favor, cinco em contra e três abstenções do pleno legislativo; com a aprovação, está legalizado o uso medicinal da maconha e seus derivados, como o óleo de cannabis, para aliviar os sintomas de doenças como o câncer, epilepsia e parkinson; promotor da proposta, legislador governista Alberto de Belaunde, informou que, uma vez promulgada a lei, o Governo terá 60 dias para elaborar suas regras; legalização do uso medicinal da maconha no Peru era uma demanda antiga da associação Buscando Esperança, um grupo de pais que até agora tinham que importar a altos preços os óleos de cannabis para tratar as doenças de seus filhos

O Congresso do Peru aprovou, na quinta-feira, um projeto de lei que autoriza “o uso medicinal e terapêutico do cannabis (maconha) e seus derivados” no país. Informação da EFE.

A proposta recebeu 67 votos a favor, cinco em contra e três abstenções do pleno legislativo, que imediatamente aprovou a isenção da segunda votação ordenada por lei, portanto estava pronta para a promulgação do Executivo.

A lei legaliza o uso medicinal da maconha e seus derivados, como o óleo de cannabis, para aliviar os sintomas de doenças como o câncer, epilepsia e parkinson.

O legislador governista Alberto de Belaunde, que foi o promotor da proposta, informou que, uma vez promulgada a lei, o Governo terá 60 dias para elaborar suas regras.

A proposta foi apoiada pelo congressista Ricardo Narváez, presidente da Comissão de Saúde do Congresso, que na semana passada já tinha aprovado a decisão.

“Para nós é uma grande satisfação; é uma lei que vai revolucionar, em um país com muitos preconceitos e medos, acredito que seja uma boa mensagem”, disse Narváez.

Ele acrescentou que foi autorizada a importação, produção e pesquisa no país sobre o uso medicinal da maconha e que, para a questão da produção, que considerou “a mais polêmica”, o Executivo terá que estabelecer o regulamento.

O parlamentar Javier Velásquez, presidente da Comissão de Defesa, que também aprovou o projeto no mês passado, informou que em uma primeira etapa, o cultivo e a produção da maconha deverá ser autorizado por instituições do Estado como o Instituto Nacional de Saúde.

A norma nasceu de uma proposta do Governo, que se comprometeu a elaborar um projeto para descriminalizar o uso medicinal da maconha, depois de uma polêmica criada quando a Polícia Nacional invadiu um laboratório clandestino, em fevereiro, onde era fabricado óleo de maconha para crianças doentes.

Alberto de Belaunde anunciou que na lei aprovada seria incorporada uma disposição sobre a responsabilidade penal, para que os pais que estavam sendo investigados pela Promotoria por suposto tráfico de drogas fiquem livres dessas acusações.

A legalização do uso medicinal da maconha no Peru era uma demanda antiga da associação Buscando Esperança, um grupo de pais que até agora tinham que importar a altos preços os óleos de cannabis para tratar as doenças de seus filhos.

Fonte: EFE

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