PUBLICADO EM 13 de set de 2021
COMPARTILHAR COM:

NCST apoia luta indígena contra o “Marco Temporal”

Seguiremos firmes nas trincheiras civilizatórias, no respeito à vida e ao bem-estar de todos os brasileiros, indistintamente”, reforçou o presidente da NCST, José Reginaldo Inácio.

A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST se posiciona *em favor da população indígena* contra o chamado “Marco Temporal”. A tese político-jurídica segue em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) e estabelece que os índios só podem reivindicar a demarcação de terras nas quais eles já estivessem estabelecidos antes da promulgação da Constituição de 1988. No entanto, os defensores dos povos originários apontam que a tese é injusta, porque desconsidera as expulsões, remoções forçadas e todas as violências sofridas pelos indígenas até a promulgação da Constituição.

Além disso, ignora o fato de que, até 1988, eles eram tutelados pelo Estado e não podiam entrar na Justiça de forma independente para lutar por seus direitos.

“As exceções a que foram submetidos e o agravamento da violência contra os povos originários (saiba mais), nos deixa ainda mais convictos de que estamos diante de uma articulada agenda de perseguição e extermínio dos direitos e da vida daqueles que, desde sempre, habitavam e habitam este país. A ação sindical precisa estar cada vez mais conectada ao que é justo! Seguiremos firmes nas trincheiras civilizatórias, no respeito à vida e ao bem-estar de todos os brasileiros, indistintamente”, reforçou o presidente da NCST, José Reginaldo Inácio.

Invisibilidade na imprensa

O teólogo, escritor, filósofo e professor universitário brasileiro, Leonardo Boff, manifestou preocupação com a omissão dos grandes veículos de imprensa diante da maior manifestação indígena desde 1988.

Abaixo o texto do respeitado teólogo e filósofo brasileiro:

“A invisibilidade da Maior Manifestação Indígena que está acontecendo em Brasília me espanta. SÃO APENAS 6 MIL INDÍGENAS ACAMPADOS NO PLANALTO CENTRAL EM FRENTE AO STF que seguem invisíveis nas redes sociais.

Continuo fazendo um apelo para que cada um de vocês divulgue em suas redes sociais imagens e notícias da Mobilização Indígena, porque os veículos de comunicação de massa – dominados por empresários do agronegócio, grandes latifundiários – permanecem calados sem divulgar nada.

Mais de 6 mil indígenas reunidos em Brasília em uma das maiores mobilizações desde 1988 e nada aparece nem em capas de jornais, nem na TV, nem nas rádios, nem na notícia dos sites. Vocês não se angustiam?

E os povos indígenas seguem resistindo ao projeto de morte da bancada ruralista e desse governo contra os povos tradicionais sem apoio como se estivessem numa canoa sozinhos.

Os povos indígenas resistem e deles depende o futuro das nossas florestas, rios, fauna e flora, das chuvas, da energia elétrica mais barata, de uma economia mais sustentável e menos impactante.

Porque não compartilhamos todos os dias em nosso face, twitter, ZAP, Instagram?

Amigos, curtir só não adianta nada. Compartilhar é dar VOZ ao que está acontecendo” .

Fonte: Imprensa NCST

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS