PUBLICADO EM 05 de fev de 2021
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“Não fosse a frente ampla, não teríamos vacina até hoje”, afirma Dino

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que apesar da derrota do bloco democrático nas eleições para a Presidência da Câmara e do Senado, a tática contra o bolsonarismo deve continuar sendo a de frente ampla.

Flavio Dino em evento organizado pela Força Sindical, no dia 3 de março, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos SP e Mogi – Foto: Jaélcio Santana

“Nós temos que perseverar neste caminho. Mesmo que a catequese tenha se revelado parcialmente frustrada, com esse blocamento da representação parlamentar da direita em torno dos candidatos bolsonaristas, não significa que a tática está errada”, disse Dino.

“Isso é especialmente importante num dia como hoje, em que estamos assistindo à deserção de setores do chamado ‘centrão’ em direção ao bolsonarismo. Isso faz com que, talvez, alguns de nós pensemos que a resposta que temos de dar a essa vil deserção é estreiteza e sectarismo, quando é justamente o contrário”, argumentou.

“Quanto mais nós estreitarmos, pior fica”, continuou o governador, durante o programa República e Democracia, da TVT.

O governador explicou que essa frente deve se pautar pelo combate à pandemia “que se coagula de forma umbilical com a luta pela vacina e pela vacinação”, pela defesa do auxílio emergencial, “uma vez que sabemos que uma economia em que convivem estagnação e inflação é uma economia que mata pela fome”, e pela defesa da democracia.

“Não haverá construção da unidade se não soubermos hierarquizar quais são as contradições principais, distinguindo-as das acessórias”, explicou.

“Só há luta neste instante, especialmente na Câmara, porque nós tivemos essa amplitude. De modo que eu creio que devemos perseguir essa amplitude à máxima, como possível, e, para isso, encontrar as bandeiras corretas. E acho que as bandeiras corretas são as de 2021, porque elas se articulam em torno do programa capaz de nos conduzir em direção à vitória eleitoral de 2022”, sentenciou.

Dino também afirmou que “se não fosse a nossa luta, disso que convencionamos chamar de Frente Ampla Democrática, não teríamos a vacina no Brasil até hoje. Refiro-me à esquerda política e setores do centro liberal que caminharam junto conosco para conseguir as vacinas, e isso é vital para superar a pandemia”.

O programa República e Democracia é comandado pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e apresentado em conjunto com a jornalista Sandra Bitencourt e o secretário de Comunicação do Maranhão, Ricardo Capelli.

PANDEMIA E ECONOMIA

O governador Flávio Dino também comentou, durante o programa, que o enfrentamento à pandemia, através das medidas de isolamento e da vacinação, anda de mãos dadas com os cuidados com a economia. “Só há um caminho sério de cuidar da economia, que é enfrentar a pandemia”, disse.

Dino defendeu que o governo federal deve garantir os recursos necessários para a sobrevivência da população, através de um auxílio emergencial, e se preocupar menos com a dívida pública.

“Eu nunca vi um Roosevelt, Churchill, Stalin, seja lá quem for o líder na 2ª Guerra Mundial, debatendo como os canhões e os aviões vão ser pagos. Ou seja, tempos excepcionais exigem soluções excepcionais”, salientou.

“Se você me perguntasse ‘Flávio, o que fazer amanhã?’, ao invés de ficar discutindo impeachment, lulopetismo, ao invés de ficar discutindo essas coisas que não constroem, acho que é preciso de um programa emergencial. Nós temos um aqui no Maranhão, fizemos o Programa Emergencial Celso Furtado, em homenagem ao centenário desse grande economista brasileiro. Acho que essa é uma tarefa principal”, continuou.

“Nós fizemos esse enfrentamento, de forma aberta e incisivo, e colhemos esse resultado expressivo. O maior indicador de geração de emprego no Nordeste e no país, o quarto maior crescimento percentual do Brasil, e tivemos entre as três menores taxas de mortalidade do coronavírus em relação à população. Essa é uma prova empírica, é uma evidência”, relatou.

Fonte: Hora do Povo

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