PUBLICADO EM 19 de jan de 2022
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Lula quer que Alckmin esteja junto

“Não terei nenhum problema em fazer uma chapa com Alckmin”, disse Lula a veículos da mídia independente. Mas o ex-presidente afirmou que ainda não há nada definido

Lula – Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (19) que não vê “nenhum problema” em eventual aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Mas disse que ainda não há nada definido. “Todo mundo fala desse assunto todo santo dia, menos o Alckmin e eu. Por uma razão muito simples. Ele saiu do PSDB e não definiu o seu partido. E eu não defini a minha candidatura”, declarou Lula durante entrevista a veículos alternativos.

Ele afirmou que pretende ser candidato não para ser protagonista, mas para “ganhar as eleições”. Isso porque, segundo o petista, o Brasil está infinitamente pior do que em 2003, quando assumiu a presidência pela primeira vez. “Ganhar as eleições é mais fácil do que governar. Por isso temos que fazer alianças e construir parcerias.”

Lula afirmou que teve uma relação harmoniosa quando estava na Presidência e, Alckmin, no governo paulista.

E disse ainda que, na hipótese de ser candidato, o PT vai apresentar um programa e que as alianças serão submetidas a essas diretrizes. “Todo mundo sabe o que eu quero para esse país. A prioridade é o povo brasileiro, os trabalhadores, a classe média baixa, os desempregados. Essa gente tem que ser nossa prioridade. E espero que o Alckmin esteja junto.”

O ex-presidente disse acreditar que Alckmin estaria decidido a fazer oposição não apenas a Bolsonaro, mais também ao “dorismo” em São Paulo, em referência ao atual governador, João Doria (PSDB).

Na sequência, relembrou sua aproximação com o ex-vice-presidente José Alencar. “Duvido que alguém teve a sorte de ter um vice como ele”, elogiou. E provocou Alckmin: “Espero que ele esteja ouvindo. Porque ele vai ter que provar que é igual ou melhor que o Zé Alencar”.

Estados Unidos
O ex-presidente também afirmou que não a possibilidade de um golpe patrocinado pelo governo dos Estados Unidos. Disse que a Casa Branca não “perde o sono” com a possibilidade da sua vitória nas próximas eleições. Quem “não dorme”, segundo ele, é o Pentágono e a CIA. Por outro lado, afirmou que as investidas golpistas têm fatores preponderantemente internos.

“Muitas coisas que acontecem no Brasil dependem menos dos Estados Unidos, e mais do complexo de vira-lata da elite brasileira. É ela que permite, e muitas vezes chama, esses golpes para dentro do Brasil”, afirmou.

Além disso, Lula frisou que manteve uma relação “muito séria” com o ex-presidente George W. Bush, “que tratou o Brasil muito dignamente”. Já o ex-presidente Barack Obama “não foi tão cortês” com o país. Isso porque não pediu desculpas à ex-presidenta Dilma Rousseff após revelação do escândalo de espionagem internacional por parte do governo estadunidense. Entre os alvos da ações de espionagem, a Petrobras e o próprio gabinete da ex-presidenta.

“O que os Estados Unidos precisam aprender é que o Brasil não é serviçal deles. É um país soberano, que define a sua própria política externa. Não somos quintal de ninguém. Isso vale para os Estados Unidos, China, Rússia, Índia”, ressaltou. “Respeito é bom, e a gente gosta de dar e de receber.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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