PUBLICADO EM 17 de set de 2018
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Hackers invadem página de Mulheres Unidas Contra Bolsonaro no Face

A três semanas das eleições, hackers (criminosos cibernéticos) conseguiram invadir a página de Facebook do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que já havia ultrapassado os 2,2 milhões de integrantes, em poucos dias de funcionamento.

“As mulheres estão cada vez mais unidas e conscientes de que só mudaremos a política participando dela e neste momento o nosso principal inimigo é o candidato da extrema-direita”, diz Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

Para ela, “de nada adianta criminosos agirem contra a democracia e a liberdade de expressão”, certamente, “não nos calarão”. De acordo com a sindicalista, a ação dos hackers seguidores do candidato Jair Bolsonaro, chamou mais ainda a atenção a importância para o voto feminino, “contra as pautas do ódio e da violência”.

Ao mesmo tempo em que viraliza na internet a campanha com a hashtag #EleNão, Celina afirma que “não mudarão nosso voto com o uso da violência; não os intimidarão”. Segundo a sindicalista, “a campanha contra o machismo e o desrespeito às mulheres seguirá firme e forte. Descobrimos o caminho da unidade e não abriremos mão de votar nas candidaturas a favor da cultura da paz, da justiça e da igualdade de direitos”.

Música de autora desconhecida viraliza: #EleNão

“O grupo foi temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras”, informa o Facebook.

A invasão criminosa ocorreu na sexta-feira (14). Os criminosos invadiram o perfil de uma das administradoras e chegaram a alterar no nome do grupo. Além de agredir outras administradoras.

Chegaram a divulgar dados pessoais de uma delas e ameaçaram outra via WhatsApp. “Esquerdistas de merda” foi um dos xingamentos. “É de conhecimento geral que os apoiadores do fascismo utilizam-se dos meios mais sórdidos para tentar calar aqueles que não aceitam passivos a disseminação do discurso de ódio proferido pelo candidato que fazemos frente de resistência absoluta”, afirmam as responsáveis pelo grupo.

Celina acentua que “as mulheres têm consciência de que lutar por igualdade de direitos incomoda as mentes reacionárias, principalmente de homens violentos e sem a mínima condição de administrar qualquer coisa, muito menos um país”.

E questiona: “Será que essa invasão não configura crime eleitoral para uma possível impugnação do candidato da extrema-direita?”.

Já as organizadoras da página invadida Mulheres Unidas Contra Bolsonaro afirmam que “nossa resposta será nas urnas, onde iremos mostrar a força das mulheres, pois nossa união não é feita através da violência, mas na certeza de que juntas somos mais fortes e que temos o poder de direcionar nosso país para longe de um discurso racista, misógino e homofóbico”.

com Catraca Livre e El País Brasil

Fonte: Portal CTB

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