PUBLICADO EM 09 de nov de 2018
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“Fechar o MTE é a cereja do bolo da reforma trabalhista”, diz Neto da CSB

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), presidida por Antonio Neto, afirmou em nota que fechar o Ministério do Trabalho e Emprego faz parte do pacote de retrocesso imposto nos direitos dos trabalhadores que teve início com a reforma trabalhista do governo Temer.

Por Fábio Casseb – Neto, que assina a nota, diz ainda que tal agenda é composta pelo fim da classificação do trabalho análogo à escravidão, a retirada dos direitos previdenciários, o fim da fiscalização de crimes contra as relações do trabalho, entre outras medidas que precarizam ainda mais a relação capitalxtrabalho.

“Acabar com o Ministério do Trabalho e Emprego não representa apenas o fortalecimento dessa agenda, mas simbolicamente e praticamente a regressão do País para o início do Século passado, antes do governo Vargas. Isso é fato e integra, na essência, as posições externadas pelo novo governo”, diz o texto.

O sindicalista finaliza defendendo o diálogo, a proteção do lado mais fraco nas relações trabalhistas e a manutenção dos direitos. “Nesse sentido, defendemos o fortalecimento do Ministério do Trabalho para atuar como protagonista deste processo.”

Confira a seguir a íntegra da nota:

Fechar o Ministério do Trabalho é a cereja do bolo da reforma trabalhista

A possibilidade de extinção do Ministério do Trabalho e Emprego, proposta em estudo pela equipe do próximo governo, faz parte do pacote de retrocesso imposto nos direitos dos trabalhadores que teve início com a reforma trabalhista do governo Temer.

Tal agenda é composta pelo fim da classificação do trabalho análogo à escravidão, a retirada dos direitos previdenciários, o fim da fiscalização de crimes contra as relações do trabalho, a ampliação da informalidade, a redução e aniquilação de direitos e benefícios como o PIS, o fechamento dos sindicatos, além da implosão do diálogo, negociação e conciliação no mundo do trabalho.

Acabar com o Ministério do Trabalho e Emprego não representa apenas o fortalecimento dessa agenda, mas simbolicamente e praticamente a regressão do País para o início do Século passado, antes do governo Vargas. Isso é fato e integra, na essência, as posições externadas pelo novo governo.

Entendemos que esse caminho não é o correto para promover o desenvolvimento, a geração de empregos e a distribuição de renda. Defendemos a promoção do diálogo, a proteção do lado mais fraco nas relações trabalhistas, a manutenção dos direitos e, nesse sentido, o fortalecimento do Ministério do Trabalho para atuar como protagonista deste processo.

Antonio Neto
Presidente da CSB

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