PUBLICADO EM 29 de mar de 2021
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Como o colapso na saúde atinge a economia? – por Paulinho da Força

Com hospitais lotados e sem uma perspectiva de melhora, a crise não atinge apenas a saúde pública, cada vez mais caótica. Os reflexos são sentidos também na economia, na educação e no desenvolvimento social. É como um efeito dominó, que ao derrubar uma peça, todas as outras são atingidas. Isso cria um efeito em cadeia, com resultados imprevisíveis.

Cada vez que vejo as notícias, fico assustado com o aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19. Em todo país, já são mais de 13 milhões de infectados e mais de 312 mil mortos.

Com hospitais lotados e sem uma perspectiva de melhora, a crise não atinge apenas a saúde pública, cada vez mais caótica. Os reflexos são sentidos também na economia, na educação e no desenvolvimento social. É como um efeito dominó, que ao derrubar uma peça, todas as outras são atingidas. Isso cria um efeito em cadeia, com resultados imprevisíveis.

O nosso país já constata as consequências negativas de uma pandemia sem controle. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. Destas, mais de 3,5 milhões perderam os seus empregos durante o primeiro ano da pandemia. Porém, esse número pode ser bem maior se incluirmos os desalentados. Os trabalhadores informais também perderam renda e estão entre os mais prejudicados.

Com o colapso na saúde pública e privada, a economia é afetada em cheio porque os governos são obrigados a adotarem medidas cada vez mais restritivas a fim de frear o avanço da contaminação. Elas são necessárias, mas não podem perdurar por muito tempo. Ainda mais quando os governos optam por não darem apoio financeiro às empresas e aos trabalhadores impactados diretamente pelas medidas.

Seguir o exemplo de países como os Estados Unidos e Inglaterra, que deram um auxílio justo à população, ajudaria o Brasil a segurar as pessoas dentro de casa. Afinal, pedir para que um pai ou uma mãe fiquem em casa enquanto os seus filhos passam fome, não é sensato. Oferecer de R$ 150 a R$ 375 de auxílio emergencial, enquanto os preços dos alimentos estão cada vez mais nas alturas, é brincar com a vida do cidadão.

Ações como essas levarão o nosso país ainda mais ao fundo do poço da crise econômica. A situação social é desoladora e deve piorar nos próximos meses.

VACINAÇÃO EM MASSA

Além de medidas eficientes, o Brasil precisa de um plano de vacinação em massa. No ritmo que estão as imunizações, levaremos três anos para vacinarmos a todos. É muito tempo quando se tem um vírus mortal à solta.

Só a vacinação em massa é capaz de conter a crise econômica, porque os trabalhadores terão mais tranquilidade para irem aos seus serviços e as empresas não serão obrigadas a fecharem as portas. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes admitiu que o sucesso econômico está diretamente relacionado à vacina.

O Brasil precisa retornar à normalidade, mas com segurança. Sem vacinação rápida e outras medidas de combate efetivo à pandemia, não haverá recuperação econômica.

Paulinho da Força
Deputado federal por São Paulo e presidente nacional do Solidariedade

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