PUBLICADO EM 22 de maio de 2019
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Manifestação racha empresários pró-Bolsonaro

As manifestações convocadas para o domingo (26) racharam os empresários da linha de frente do bolsonarismo. Uma parte diz que elas são loucura. Já Luciano Hang, do grupo Havan, está convocando as pessoas para os protestos.

PEITO ABERTO 
“Empresários ficam em cima do muro, atrás do muro, atrás da moita. Eu não sou assim”, diz ele.

NO PONTO 
Hang, no entanto, afirma que só decidiu aderir às manifestações depois que elas começaram a ter “foco”: a reforma da Previdência.

POR DENTRO 
“As manifestações não têm que ser ‘fora’ ninguém”, diz ele, referindo-se a grupos que pregam o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e até o fechamento do Congresso.

EU IMPLORO 
“Não é a hora de brigarmos e sim de pedirmos, até implorarmos, pela aprovação da reforma”, afirma o empresário, que esteve recentemente com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

LADO A 
O governo aguarda com ansiedade os protestos. A ala moderada acredita que uma multidão nas ruas pedindo o fechamento do Congresso, por exemplo, pode elevar a tensão política.

LADO B 
Mas o contrário seria até pior: um fracasso de público revelaria debilidade de Bolsonaro.

RELÓGIO 
O general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, por exemplo, acredita que essa pode não ser a melhor hora para manifestações.

MÚSCULOS 
Ele conversou sobre o assunto na terça (21) com o deputado Marco Feliciano (Pode-SP).

“Eu disse que discordo. A base do Bolsonaro vai às ruas para mostrar a força dele”, diz Feliciano.

MÃOS DADAS 
O parlamentar tinha feito críticas ácidas ao general há algumas semanas, quando Santos Cruz estava sob o bombardeio de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. Ontem, fumaram o cachimbo da paz e até oraram juntos.

NO IMAGINÁRIO
A atriz Tuna Dwek, as jornalistas Maria Rita Alonso e Silvana Holzmeister e a produtora Juily Manghirmalani foram à pré-estreia do filme “A Costureira de Sonhos”, no Reserva Cultural, na segunda (20).

EMERGÊNCIA 
A cúpula do DEM, que comanda a Câmara, com Rodrigo Maia, e o Senado, presidido por Davi Alcolumbre, se reúne nesta quarta (22) em Brasília para discutir as manifestações de apoio a Bolsonaro.

EMERGÊNCIA 2 
Além de Maia e Alcolumbre, devem participar também o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA).

NO ESCURO 
De acordo com uma das lideranças do DEM, se os protestos se virarem de fato contra Maia, Alcolumbre e o STF, o país pode parar —com novas derrotas do governo no parlamento.

POR ENQUANTO 
Bolsonaro estava sendo pressionado a gravar um vídeo de apoio às manifestações. Decidiu, até segunda ordem, nada fazer.

VAI FIRME 
Ele disse a mais de um interlocutor, no entanto, que tampouco desestimularia o movimento, como prega a ala moderada de seus apoiadores.

Fonte: Folha SP

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