PUBLICADO EM 30 de out de 2017
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Cerco fechando: chefe de campanha de Trump se entrega ao FBI após ser acusado de conspiração

Manafort e ex-sócio foram indiciados 12 vezes em investigação sobre laços da campanha com russos; Manafort entrou na sede do FBI (a Polícia Federal americana) em Washington às 8h15 (horário local, 10h15 em Brasília) com seu advogado, segundo o “New York Times”; Rick Gates também deve se entregar

Paul Manafort, chefe da campanha presidencial de Donald Trump, se entregou a autoridades federais americanas nesta segunda-feira (30).

Manafort e seu ex-sócio Rick Gates foram indiciados por 12 acusações, incluindo conspiração contra os Estados Unidos, lavagem de dinheiro e falso testemunho, na investigação sobre os laços da campanha do atual presidente dos Estados Unidos com russos.

Manafort entrou na sede do FBI (a Polícia Federal americana) em Washington às 8h15 (horário local, 10h15 em Brasília) com seu advogado, segundo o “New York Times”. Rick Gates também deve se entregar.

Manafort e Gates foram indiciados por um grande júri federal na sexta (27), no distrito de Columbia, segundo o Departamento de Justiça dos EUA (o equivalente ao Ministério da Justiça no Brasil), e o caso foi cancelado após os réus terem permissão para se entregar à custódia do FBI.

As outras acusações são por não se registrar como agente de um país estrangeiro nos EUA, por falso testemunho sobre seu papel como agente estrangeiro e falha na apresentação de relatórios de contas bancárias e financeiras estrangeiras (pela qual foram acusados sete vezes).

Manafort mantém diversas relações comerciais com parceiros russos e participou de reuniões com empresários do país durante e depois da eleição. Ele também trabalhou para o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych.

O nome de Gates aparece em documentos ligados a empresas de Manafort abertas no Chipre para receber pagamentos de políticos e empresários da Europa Oriental, segundo o “New York Times”.

Campanha sob suspeita
As acusações contra dois importantes membros da campanha de Trump apontam para uma nova fase da investigação e lançam uma sombra sobre Trump.

A CNN divulgou na sexta (27) que o júri federal em Washington tinha aprovado as primeiras acusações na investigação, que é liderada pelo procurador especial Robert Mueller.

Nomeado pelo Departamento de Justiça dos EUA para liderar a investigação, Mueller assumiu o cargo em maio, por indicação do vice-procurador-geral Rod Rosenstein, após Trump demitir o então diretor do FBI, James Comey.

Mueller também é ex-diretor do FBI. Ele entrou para a Polícia Federal americana em 2001, no governo de George W. Bush, e permaneceu no cargo até 2013, quando foi substituído por Comey na gestão de Barack Obama.

‘Caça às bruxas’
No domingo, Trump, voltou a tachar a investigação de “caça às bruxas” e pediu que “algo seja feito” contra as irregularidades que, segundo ele, sua rival Hillary Clinton cometeu nas eleições de 2016.
Em uma série de mensagens no Twitter, Trump tentou desviar a atenção para as ações de Hillary e dos democratas.

“Toda essa história de ‘Rússia’ justo quando republicanos estão fazendo uma histórica reforma de corte de impostos. É uma coincidência? NÃO!”, escreveu o presidente americano.

Fonte: Portal G1

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