PUBLICADO EM 01 de set de 2020
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Centrais Sindicais propõem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

As centrais sindicais, imediatamente após o anuncio do governo de reduzir pela metade o Auxilio Emergencial, emitiram nota conjunta iniciando uma ‘pressão’, como os próprio dirigentes chamaram, no Congresso Nacional contra a medida do governo Bolsonaro que estende o benefício até dezembro, porém no valor de R$ 300.

Os dirigentes sindicais lembraram, na nota, que desde o início da crise sanitária do COVID-19, propuseram a atuação coordenada do Estado (União, estados e municípios) e medidas para a proteção dos/as trabalhadores/as. “No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os mais vulneráveis”, diz o texto.

O documento destaca ainda que o movimento sindical “provou que era necessário e possível, e o Congresso aprovou um Auxílio Emergencial de R$ 600,00, sendo ainda devido um Auxílio de R$ 1.200,00 para a mãe chefe de família.”

Confira  também: Governo corta auxílio emergencial pela metade; R$ 300 até o fim do ano

Os presidentes das centrais sindicais que assinam a nota rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo governo e propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00. “Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício.”

Confira a seguir a íntegra da nota:

Nenhum real a menos
Centrais Sindicais propõem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

Começa já a pressão sobre o Congresso Nacional contra a medida do governo Bolsonaro que reduz o abono a R$ 300

As Centrais Sindicais propuseram, desde o início da crise sanitária do COVID-19, a atuação coordenada do Estado (União, estados e municípios) e medidas para a proteção dos/as trabalhadores/as.

No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os/as trabalhadores/as mais vulneráveis, que trabalham por conta-própria ou como autônomos, os/as assalariados/as sem registro em carteira, trabalhadoras/es domésticas e todos/as que dependem dos programas de transferências de renda. Apresentamos também propostas para a proteção das empresas e dos empregos dos/as assalariados/as que sofreram os impactos do isolamento social.

Provamos que era necessário e possível, e o Congresso aprovou um Auxílio Emergencial de R$ 600,00, sendo ainda devido um Auxílio de R$ 1.200,00 para a mãe chefe de família. Essa medida beneficiou mais de 65 milhões de pessoas, impedindo que caíssem na pobreza, criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país.

Considerando que os impactos sociais e econômicos da crise sanitária já se se provam muito mais longos do que os inicialmente prospectados, com efeitos dramáticos sobre os empregos e as ocupações, bem como sobre as empresas e a dinâmica econômica, consideramos essencial que as inciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das famílias.

Por tudo isso, as Centrais Sindicais rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo governo que reduz à metade o valor do auxílio emergencial; propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício.

Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício.

São Paulo, 01 de setembro de 2020

Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Álvaro Egea 
Secretário geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Atnágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Nilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor

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  • Maria Madalena Rodrigues de Freitas

    Com o aumento dos preços das mercadorias os 600 já perdeu 50 porcento, temos que cobrar dos deputados e senadores para não aceitar os 300

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