PUBLICADO EM 05 de abr de 2019
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Sindigráficos protocola documento no Consulado Americano cobrando dívida da RR Donnelley

Álvaro Ferreira da Costa, presidente do Sindigráficos coordena a ação de protesto em frente o consulado americano

 

Na manhã dessa sexta-feira, 5/4, o presidente do Sindigráficos, Álvaro Ferreira da Costa, acompanhado pelo presidente da Federação dos Gráficos do Estado de São Paulo, Leonardo Del Roy, e do advogado do Sindicato, Raphael S. Maia, protocolaram uma carta no Consulado Americano, localizado em São Paulo, que solicita apoio e manifestação do governo americano junto à direção da RR Donnelley, que se nega a pagar os direitos dos trabalhadores após decretar falência. O documento foi entregue ao representante Oliver Kinder.

A carta foi protocolada em meio ao protesto dos trabalhadores da RR Donnelley, organizados pelo Sindigráficos, realizado em frente ao Consulado Americano. Com faixas que reivindicam seus direitos e entoando palavras de ordem, os gráficos também cobram que a Donnelley pague todos seus direitos, além de uma posição do governo americano.

“Trabalhadores das unidades de Osasco e Barueri se reuniram hoje porque precisam receber suas verbas rescisórias e demais direitos para sustentar suas famílias! Nós estamos lidando com vidas, com sonhos, com pessoas de carne e osso que se dedicaram por anos à empresa Donnelley e agora foram apunhalados pelas costas”, afirmou o presidente Álvaro. “Fechar as portas e anunciar falência em uma noite de domingo, sem nenhum aviso aos gráficos, e ainda se negar a pagar o que é deles por direito é muito cruel! A grande imprensa vem falando muito do Enem e esquece o drama humano que esses trabalhadores estão vivendo! Nós sabemos da importância da prova, principalmente para os alunos que tem a renda mais baixa na hora de entrar para uma boa faculdade. No entanto, nosso foco é resolver os problemas dos trabalhadores e suas famílias!”, concluiu o presidente.

Durante o ato, os trabalhadores também espalharam os uniformes que usavam na empresa pela rua. De acordo com eles, uma forma de mostrar que seus uniformes, agora, não tem nenhuma serventia. “Já são anos que essa empresa está no Brasil, enriquecendo às nossas custas! Lucraram bilhões de dólares em cima da gente e depois jogaram fora os trabalhadores”, afirmou o diretor Joaquim de Oliveira durante o ato.

O Sindigráficos vem tentando negociar com a empresa e reivindica uma série de proposições, como a realização, com urgência, dos procedimentos para a liberação do FGTS e do Seguro Desemprego, com baixa na Carteira de Trabalho, entrega do Perfil Profissiográfico Previdenciário e demais documentos rescisórios, como o Termo de Rescisão do Contrato; que seja apresentada uma proposta de pagamento imediato das verbas rescisórias e multa de 40% do FGTS dos trabalhadores; que seja liberado o quanto antes a entrada dos gráficos para retirarem pertences pessoais do local; que a empresa mantenha convênio médico por um período, já que há trabalhadoras gestantes e outros em tratamento.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical no microfone

Participaram também dessa manifestação João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical e Ortélio Palácio, assessor da Secretaria de Relações Internacionais da Força Sindical; representantes do Sindicato dos Gráficos de Jundiaí, Sindicato dos Trabalhadores da USP; e Esquerda Diário.

Ao todo, são 970 trabalhadores da Donnelley desempregados no Brasil. Em Osasco e Barueri, os protestos acontecem desde segunda-feira, 1/4.

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