A manifestação também aborda outras reivindicações como novas contratações através de concursos públicos, melhorias na saúde do servidor, ressarcimento de custos de perícias médicas, reposição salarial para aposentados sem paridade, reajuste na tabela salarial dos agentes de apoio, além de relembrar o “Massacre do Centro Cívico” de 2015, que completa dez anos no dia 29.
A ASSUEL está organizando uma caravana para levar os servidores ativos e aposentados da UEL até a capital paranaense. A entidade custeará transporte, alimentação e seguro da viagem.
Os interessados devem enviar para o Whatsapp (43) 99919-0757 os seguintes dados para a inscrição: Nome completo, RG e Órgão Expedidor, CPF e telefone, ou ligar para (43) 3371-5510. O prazo para o envio dos dados é até sexta-feira (25).
Programação
Além dos trabalhadores técnico-administrativos da UEL, representados pela ASSUEL, outras categorias também irão compor o ato, como professores de escolas e universidades públicas, servidores do setor da saúde e do meio ambiente, entre outros.
A saída da caravana será na segunda-feira (28), às 23h50, da ASSUEL (próximo à Reitoria da UEL) e a previsão de chegada em Curitiba é terça-feira (29), às 6h.
A concentração será na Praça Tiradentes, centro de Curitiba, a partir das 9h. De lá, os manifestantes marcham até o Centro Cívico. Após a manifestação, os servidores acompanharão a sessão na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), às 14h.
A previsão de retorno a Londrina é às 17h, com chegada por volta das 23h30 na sede da ASSUEL.
Massacre do Centro Cívico
Seabra lembra que em fevereiro de 2015, os servidores estaduais estavam em greve, protestando contra o confisco de R$ 8 bilhões do fundo de previdência do estado, o Paranaprevidencia, pelo então governador Beto Richa (PSBD).
Somado a isso, os trabalhadores também enfrentavam a falta de recomposição salarial. À época, não havia nenhum indicativo que a pauta fosse discutida.
Assim, no dia 28 de abril, os servidores iniciaram os protestos em frente ao Palácio Iguaçu. Neste dia, já havia repressão policial. Mas, no dia 29, houve uma escalada da violência, com o uso de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, balas de borracha, bombas de efeito moral e até cães policiais.
Como resultado, 176 pessoas ficaram feridas e alguns trabalhadores foram presos. Posteriormente, foi firmado um acordo com o governo para a reposição salarial, e a greve terminou em maio daquele ano.
Em outubro de 2015, os servidores receberam uma reposição de 3,45%, seguida de um reajuste de 10,47% em janeiro de 2016. Entretanto, em 2017 o governador não realizou a reposição salarial.
Apesar de alguns reajustes terem ocorrido após esse ano, desde 2017, não houve recomposição integral dos salários.
Leia também: Frentistas do RJ retomam negociação salarial na próxima semana